Cabo Verde pretende atingir a neutralidade carbónica em 2050

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Meta foi hoje anunciada pelo Primeiro-Ministro, na Conferência Mundial sobre mudanças Climáticas, sublinhando que até 2050 o País atingirá 100% de frota de veículo elétricos

O Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva, discursou hoje na Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas, que decorre em Glasgow, representando Cabo Verde em dupla condição, como um País Africano e um Pequeno Estado Insular em Desenvolvimento.

Ulisses Correia e Silva disse, perante o mundo, que Cabo Verde pretende atingir a neutralidade carbónica em 2050, precisando que o Arquipélago assumiu compromissos e faz questão de cumpri-los. “As nossas NDC estão atualizadas e aprovadas, com o compromisso de reduzir as emissões em 38% ate 2030 e atingir a neutralidade carbónica em 2050”, defendeu o Chefe do Governo, sublinhando que partindo dos atuais 20%, o País pretende em 2030, ter mais de 50% de penetração de energias renováveis, acompanhado do aumento da eficiência energética.

Como se sabe, Cabo Verde foi o primeiro País Africano a aderir à Aliança para Descarbonização dos Transportes, por isso, até 2030, o Governo pretende substituir 25% da frota de veículos térmicos por veículos elétricos e atingir 100% em 2050.

Também para a agricultura, precisou, como forma de viabilizá-la, o País está a “investir forte” na dessalinização da água salobra e do mar, reutilização segura de águas residuais tratadas, massificação da rega gota-a-gota, associadas às energias renováveis.

Assumidos os compromissos, Cabo Verde defende também cortes ambiciosos nas emissões para evitar o aumento da temperatura média global para além de 1,5 grau Celcius até ao final do século; Políticas públicas, investimentos e empoderamento tecnológico para a adaptação às alterações climáticas, transição justa e aumento de resiliência; Concretização do financiamento climático e criação de condições para a sua exequibilidade e acesso e consideração das vulnerabilidades e especificidades dos SIDS nos critérios de financiamento climático.

Ao concluir o seu discurso, UCS, lembrou que um pequeno Estado Insular como Cabo Verde, que tem uma contribuição insignificante na carbonização da economia, sofre fortemente os efeitos das alterações climáticas. “Todos os SIDS sofrem do mesmo e estão fortemente ameaçados pelas alterações climáticas”, defendeu.

“Os desafios das mudanças climáticas exigem compromissos coletivos e ação. Exigem muito mais do grupo restrito de países do G20 que podem fazer diferença com eficácia. As Pope Francis said, it is “time to act, and to act together”- (como disse o Papa Francisco, é “hora de agir e agir juntos”).