Cabo Verde quer regularizar dívida de 20 milhões de Dólares junto da CEDEAO

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Propósito disso é para poder ter “voz plena” na comunidade e ter as suas especificidades atendidas. Informação foi avançada pelo Ministro da Integração Regional, Rui Figueiredo, após visitar Nigéria e Senegal

O Ministro da Integração Regional, Rui Figueiredo Soares, disse ontem que o País está a negociar a regularização de 20 milhões de Dólares de taxa comunitária, para poder ter “voz plena” na CEDEAO, e consequentemente ter as suas especificidades atendidas. “Sabemos que uma das questões que impedem Cabo Verde de exercer a sua qualidade de membro da CEDEAO é a questão dos atrasos na transferência da taxa comunitária”, precisou.

Rui Figueiredo Soares fez essas considerações durante a apresentação do balanço da visita de uma semana que fez ao Senegal e à Nigéria, na semana passada.

Conforme explicou o governante, esses 20 milhões de Dólares em atraso referem-se às transferências das retenções feitas ao nível das alfândegas, de vários anos acumulados que os sucessivos Governos do País não conseguiram pagar. Entretanto, referiu que o Governo atual está a procurar forma de regularizar essa dívida junto da CEDEAO, avançando que de 2015 a 2017 foram feitos alguns pagamentos, todavia face à pandemia esse pagamento torna-se “um pouco mais dificil”.

RFS adiantou, no entanto, que Cabo Verde procura “ativamente” com seus parceiros e levar esta questão “também para ajudarmos a equacionar formas de resolver os atrasados, que será uma questão de honra e de abrir caminho para a nossa participação efetiva na CEDEAO”, salientou.

O Ministro afirma, no entanto, que o atraso também tem que ver com com o fato do País não beneficiar de grandes projetos de infraestruturas que existem na CEDEAO.

“Isto é, nós não transferimos, é verdade, mas também não beneficiamos dos grandes investimentos em termos de infraestruturas rodoviárias, na agricultura, até de comércio e indústria, que são investimentos que são feitos na parte Continental da CEDEAO”, sustentou.