Primeiro-Ministro discursou nas Nações Unidas e assegurou que o Arquipélago está a promover “todos os esforços” para implementar os 17 objetivos e as metas da Agenda 2030
O Chefe do Governo discursou esta sexta-feira, 27, na 74.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, e garantiu que o nosso País “já deu provas” do seu alinhamento, comprometimento e credibilidade relativamente aos grandes ideais das Nações Unidas.
Ulisses Correia e Silva assegurou o desejo de se “posicionar” Cabo Verde como um “interlocutor útil” no concerto das nações para o diálogo, a paz e a tolerância e como um “aliado credível” para a segurança cooperativa face à criminalidade transnacional como os tráfegos de drogas, pessoas e terrorismo.
No seu discurso, UCS assegurou também que o País está a envidar “todos os esforços” visando implementar os 17 objetivos e as metas da Agenda 2030, contando para tal com a participação do Governo, de empresas, organizações da Sociedade civil e com a participação dos parceiros internacionais. “Queremos maior comprometimento ainda para atingir a estação do desenvolvimento, que é o ponto de chegada que ambicionamos”, precisou.
Urgência de respostas eficazes
O PM acentuou que o tempo “urge” relativamente a “ações concretas” para “inverter” o sentido e a profundidade das mudanças climáticas.
Segundo pontuou, o tempo urge para a implementação de “respostas eficazes” à problemática da pobreza e suas consequências, bem como para a “assunção” de compromissos para com a Paz.
“Esta geração de políticos não tem todo o tempo do mundo à sua frente e, tem contas a prestar à humanidade”, advertiu UCS, considerando que “é hora” de se avançar “além das intenções”, e de se agir através de “ações concretas, mensuráveis e comprometidas” com as ambições dos povos e as necessidades globais. “É a hora de fazer o mundo melhor”, precisou.
Estados Insulares
Durante a sua comunicação, UCS lembrou dos “desafios” económicos, sociais e ambientais próprios dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, e lembrou também dos desafios do desenvolvimento dos Estados Insulares, graduados a Rendimento Médio.
“O objetivo não é sair da estação de País Menos Avançado para ficar na estação de País de Rendimento Médio (…) O objetivo é atingir o Desenvolvimento e renda alta”, apontou, defendendo que é necessário que o processo de transição tenha como meta o Desenvolvimento e que os mecanismos e as condições de financiamento sejam coerentes e consistentes para lá chegar.
País com história de superação
O PM iniciou a sua intervenção, fazendo uma apresentação do Arquipélago, com 559 anos de história, uma história que segundo acentuou tem sido de “ambição, resiliência, superação e adaptação”.
A chuva irregular, as fomes na década de 40 do Séc. XX, a emigração iniciada nos finais do Sec. XVII, foram recordados pelo PM na sua comunicação.
Cabo Verde, disse, teve, sempre, uma “relação difícil e ao mesmo tempo apaixonada” com a natureza, mas UCS congratulou-se, no entanto, com o que considera de “boa notícia”, o fato de o mundo atual e as grandes tendências do futuro irem no sentido da “valorização” dos recursos que Cabo Verde possui e que nas gerações passadas eram sinónimo de problemas.
O mar, caminho para a emigração e a saudade, hoje é um recurso transformado em economia azul e em turismo. O vento e o sol que eram sinais de estiagens, hoje são recursos para produzir energia renovável. A localização que colocavam estas ilhas distantes do resto do mundo, hoje é um recurso importante para posicionar Cabo Verde no Atlântico Médio como uma plataforma de economia de circulação entre a África, a Europa, os EUA e o Brasil, acentuou.
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