Os dados do Relatório Estatístico do setor da Energia, apontam para um decréscimo na ordem do 7,4%, no 1.º semestre de 2019
A importação de combustíveis fósseis em Cabo Verde registou um importante decréscimo, na ordem do 7,4%, no 1.º semestre de 2019, em comparação com o período homólogo do ano anterior.
De acordo com dados do Relatório Estatístico do setor da Energia, agora publicados pela Agência de Regulação Multissectorial da Economia, ARME, a importação de combustíveis como, o gasóleo, gasolina, gás butano, Jet A1 – para a aviação – Lubrificantes, fuel óleo – para a marinha mercante – e betumes totalizou aproximadamente 232 mil toneladas contra as cerca de 250 mil toneladas que importadas nos primeiros seis meses de 2018, o que apura uma diminuição de mais de 18,5 mil toneladas.
Os dados apontam como sendo importantes para um País, que tem feito uma aposta na reconversão da sua economia e dos seus hábitos de consumo às energias renováveis, e que tem como meta a eliminação total de importação de derivados do petróleo em 2050.
No que diz respeito aos aspetos económicos, no primeiro semestre de 2019, os montantes das faturas de combustíveis fósseis totalizaram 39,6 milhões de dólares. E moeda nacional, são cerca de 12,2 milhões de contos. Em termos financeiros, o decréscimo foi na ordem do 3,6%.
O fuel óleo, de acordo com a ARME, foi o produto com maior volume de importação em 42,5%, seguindo-se o gasóleo, o butano e a gasolina, ao passo que o decréscimo na importação dos combustíveis é justificado pela ARME, com a evolução da conjuntura internacional, também tem relação com a aposta crescente, pelas instituições, empresas e consumidores individuais Cabo-verdianas, na instalação e exploração de sistemas produtores de energias renováveis, com enfoque no fotovoltaico.
De acordo com o mesmo relatório verificou-se também um aumento de carros elétricos, um outro fator importante para a redução da fatura de combustíveis fósseis em Cabo Verde.
