Cabo Verde regista crescimento económico de 5,1% impulsionado pelo turismo

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País apresentou uma inflação média de 3,1%, abaixo dos 7,9% registados no ano anterior, e um excedente orçamental do saldo primário nos 2% do PIB, o mais alto dos últimos 20 anos

O economista do Fundo Monetário Internacional que coordenou o relatório sobre África Subsaariana considerou à Agência Lusa que Cabo Verde registou um “forte crescimento de 5,1%” em 2023, refletindo um forte desempenho do setor turístico.

“Em 2023 registou-se um forte crescimento do PIB de 5,1%, refletindo o forte desempenho do turismo, com uma inflação média de 3,1%, abaixo dos 7,9% registados em 2022 e a situação orçamental melhorou significativamente no ano passado, com um excedente orçamental do saldo primário nos 2% do PIB, o mais elevado dos últimos 20 anos”, disse Thibault Lemaire.

O FMI prevê que a economia Cabo-verdiana cresça 4,7% neste e no próximo ano, destacando a melhoria no desempenho orçamental e a redução do rácio da dívida sobre o PIB, embora alerte para riscos como choques geopolíticos e climáticos.

“A tendência decrescente do rácio da dívida sobre o PIB continuou, diminuindo de 148%, em 2021, para 115% do PIB em 2023”, um valor muito acima da média de cerca de 60% da África subsaariana, mas que é compensado pelo fato de o Arquipélago ter a maioria da sua dívida em termos concessionais, imune ao encarecimento das taxas de juro e beneficiando da paridade com o Euro.

Na África Subsaariana, o crescimento deverá aumentar de uns 3,4% previstos em 2023 para 3,8% em 2024 e 4% em 2025, “com os efeitos negativos dos choques climáticos a manterem-se e os problemas nas cadeias de fornecimento a melhorarem gradualmente”, diz o Fundo.

A nível mundial, o FMI melhorou em uma décima a previsão do crescimento global para 3,2% este ano, taxa que também espera para o próximo ano.



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