Há três anos, quando afirmei num debate parlamentar que, graças à visão estratégica e ao forte investimento do Governo suportado pelo MpD, Cabo Verde estava muito mais seguro do que nos tempos de má memória do PAICV—em que cerca de 100 jovens eram assassinados anualmente—fui alvo de chacota e ataques de todos os lados. Diziam que eu mentia, que Cabo Verde jamais seria um país seguro, que era impossível reduzir a criminalidade a níveis aceitáveis num país onde, segundo eles, “a violência circula no sangue das pessoas”, “que somos um povo historicamente violentos”.
Mas, como sempre, baseei-me em dados, não em achismos. Caminho pelas ruas, convivo diariamente com centenas de jovens nos bairros, nas universidades, nos eventos sociais. E, ao contrário dos meus detratores, evito fazer afirmações sem fundamento. Prefiro os números, que não mentem.
Hoje, a Polícia Nacional divulgou mais um dado animador: uma redução da criminalidade em 10,1%. Esta tendência de queda começou em 2016, com a mudança de governo. Desde então, assistimos a investimentos robustos nas forças de segurança, na melhoria dos salários, nos meios de mobilidade e de comunicação, e à implementação do projeto Cidade Segura, que trouxe a videovigilância para os principais centros urbanos do país. Estes esforços têm sido cruciais na prevenção de ocorrências criminais.
Além disso, os investimentos massivos na formação profissional, as políticas ativas de emprego e empregabilidade, a isenção de propinas nas escolas, as refeições quentes e o alargamento do ensino obrigatório têm desempenhado um papel fundamental na redução da criminalidade.
Ainda há desafios, é claro. Mas, ao contrário do que previam os profetas do caos, Cabo Verde está a tornar-se um país mais seguro, de paz e harmonia. E, para aqueles que me ridicularizaram no passado, deixo aqui um conselho: nunca subestimem o poder dos dados e da determinação. A razão, como sempre, esteve do meu lado.