Dados são avançados pela revista científica Nature Medicine
Mais de 61 mil pessoas morreram entre 30 de maio e 4 de setembro na Europa, devido ao calor.
Os dados foram publicados pela revista científica Nature Medicine, que no entanto aconselha esforços redobrados para lidar com o aumento das temperaturas.
A fonte afirma que as mortes ocorreram diretamente devido ao calor naquele Verão.
Os cientistas do Instituto Nacional de Saúde e Investigação Médica, de França, e do Instituto de Saúde Global de Barcelona, analisaram dados de temperatura e mortalidade para o período 2015-2022 em 823 regiões de 35 países Europeus, representando uma população total de mais de 543 milhões de pessoas.
Construíram modelos epidemiológicos para prever a mortalidade para todas regiões durante todas as semanas do Verão de 2022.
“É um número muito alto de mortes. Conhecíamos os efeitos do calor na mortalidade com o precedente de 2003, mas com esta análise vemos que ainda há muito trabalho a fazer para proteger as populações”, disse à Agência France-Presse, o investigador do Inserm e coautor do estudo, Hicham Achebak.
De acordo com as estimativas dos cientistas, sem uma resposta efetiva, o continente Europeu vai enfrentar uma média de mais de 68 mil mortes todos os verões até 2030 e mais de 94 mil até 2040.
O Verão do último ano foi o mais quente já registado na Europa, caraterizado por uma intensa série de ondas de calor que quebraram recordes de temperatura, seca e incêndios florestais.