Câmara Municipal da Boa Vista vai recorrer à banca para financiar novas obras

O Executivo de José Luís Santos está a preparar novos investimentos, na ordem de 143 mil contos, em zonas como Rabil, Estância de Baixo, Cabeça dos Tarafes, Bofareira e Fundo das Figueiras

A Assembleia Municipal da Boa Vista, concedeu autorização à Câmara Municipal, liderada por José Luís Santos, para recorrer à banca para contrair um empréstimo, na ordem dos 143 mil contos.

O valor vai ser aplicado em novas obras em localidades como Rabil, Estância de Baixo, Cabeça dos Tarafes, Bofareira e Fundo das Figueiras, indica a Autarquia.

O assunto foi discutido na última sessão daquele órgão deliberativo da Boa Vista, e mereceu 7 votos favoráveis da bancada do BASTA, que suporta o Executivo municipal, 3 abstenções do MpD e 2 votos contra do PAICV, terceira força política na Ilha.

Ainda nesta sessão, foi discutida o Orçamento Retificativo para o ano em curso, proposta que foi validada, graças aos 10 votos que conseguiu do BASTA e do MpD, e votos contra do PAICV.

As partes divergiram quanto à essência do documento, mas o BASTA e o MpD justificaram a necessidade de dotar a Ilha de recursos para responder, de modo particular, aos efeitos que a pandemia tem causado na Ilha, nomeadamente, de ordem social e habitação.

Um outro assunto também discutido foi a autorização para determinar as operações de loteamento nas zonas de Rabil, Zona de Fátima, Estância de Baixo e zona de expansão do bairro de Boa Esperança e legalização desta última zona.

A proposta mereceu 8 votos, com um Deputado do MpD a votar favorável com BASTA, e 4 abstenções, sendo 2 votos do MpD, e outros tantos do PAICV.

De acordo com Paulo Santos, do MpD, este é um “momento importante” para que a Boa Vista possa “ter obras e possa funcionar”, e segundo observou “isto extravasa o conceito do mero cálculo político de eleições ou não eleições”.

Já Crizante Soares, do BASTA, justificou o voto do seu grupo, como forma de proporcionar à Edilidade a possibilidade de “driblar” o ano atípico, face à pandemia de Covid-19, que bloqueou o turismo, provocando a queda na produtividade em diversos setores da ilha.

“O voto a favor deste instrumento de gestão é uma via para ajudar as famílias a ultrapassar as consequências da Covid-19, até que a Ilha retome a sua normalidade”, justificou.