CARROS ELÉTRICOS: Criação de leis deve ser prioridade para implementação do projeto

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Observação é do PCA do CERMI, para quem a questão da legislação deve ser um dos primeiros aspetos a ser trabalhado, criando assim condições para receber os carros elétricos

Cabo Verde está a preparar neste momento para receber os carros elétricos, tendo já o Conselho de Ministros aprovado o projeto de resolução que cria uma estrutura de missão como Grupo de Trabalho para Mobilidade Elétrica em Cabo Verde.

Nesta fase de preparação, de acordo com o PCA do CERMI, Luís Teixeira, é preciso um projeto-piloto demonstrativo que mostra a viabilidade desses carros, acabando com o “mito” existente acerca dos mesmos.

A questão da legislação no dizer deste especialista, deve ser um dos primeiros aspetos a ser trabalhado, criando assim condições para receber os carros elétricos. “Primeiro, temos que trabalhar no quadro legal regulatório, temos que criar as leis, os incentivos, fazer uma diferenciação positiva dos carros elétricos, portanto, terá que ser feito todo esse trabalho a nível da legislação”, avançou.

Para além deste quadro legal, ressalva que é necessário trabalhar a estrutura física, nomeadamente, a questão dos postos de carregamentos.

Trabalhar as iniciativas fiscais com novas medidas para as alfândegas, tendo em conta que o projeto, vai mexer com toda esta frota de automóvel, advogou, para de seguida defender que este projeto, que classifica de inovador, deverá envolver as universidades e o setor privado, criando assim um ambiente de negócio à volta dos carros elétricos.

A mobilidade energética poderá ser uma mais-valia para o País, impulsionando o aumento da taxa de penetração das energias renováveis e de vários outros benefícios, sublinhou o PCA do Centro de Energias Renováveis.

“Isso vai ter impacto na redução dos combustíveis fósseis e tudo isso vai ter impacto na nossa balança comercial. A partir do momento em que estamos a diminuir a importação, estamos a reduzir o nosso défice da balança comercial”, comentou.

Luís Teixeira considera que esta é uma forma de Cabo Verde “marcar a diferença” na nossa sub-região, que não tem experiência nesta área da mobilidade elétric, ganhando, a seu ver, visibilidade como um País pioneiro nesta matéria e quiçá exportar serviços a nível Continental.