É a primeira vez que o PM fala do assunto na Imprensa, e deixa claro que se trata de um caso de Justiça, por isso o Governo não vai entrar “no elenco da novela”
O Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva, esclareceu, esta segunda-feira, que Cabo Verde não vai entrar no que considera ser “novela” na Comunicação Social, no caso que envolve os Estados Unidos da América e a Venezuela, por causa de Alex Saab. Ulisses Correia e Silva deixou claro que nem o País nem o seu sistema judicial “são pressionáveis”.
Em entrevista à Agência Lusa, o Chefe do Governo reconheceu que a detenção do alegado testa-de-ferro do (ainda) Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro em território Cabo-verdiano “está a ser transformado numa novela na Comunicação Social,” com cartas, artigos, declarações, tentando levá-lo para o campo político ‘tout court’, mas deixou claro que o Governo que ele lidera “faz questão de não entrar no elenco da novela”.
O Governo entende que em se tratando de um caso de Justiça é aquela instância “que deve decidir em última instância”.
Alex Saab está detido, a pedido da Interpol, desde 12 de junho e está encarcerado na Ilha do Sal. Os EUA alegam que Saab está envolvido numa série de crimes, como branqueamento de dinheiro e corrupção, sendo principal parceiro de Maduro.
Faltou dizer que o paicv tem incentivado a sua milícia digital (Semana, Nação e Santiago Magazine) com artigos de opinião fantoches de militantes e simpatizantes, supostos especialistas e que são depois retomados por militantes seus na comunicação social pública e seus papagaios nas redes sociais. O objectivo do paicv é claro: com os milhões do MPLA cada vez mais escassos para drenar dinheiro e material de campanha, o paicv aposta em falar mal dos governos de Cabo Verde e dos EUA para angariar a simpatia do ditador Maduro e, com isso, quem sabe, cravar alguns milhões de dólares para alimentar a campanha eleitoral do paicv é do Zé Maria nas presidenciais. Só que CIA está atenta às transacções internacionais do Maduro. O paicv ainda vai pagar muito caro por esta atitude leviana e irresponsável de apoiar o ditador Maduro.
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