Caso Arlindo Teixeira. Amadeu Oliveira fala da saída de Cabo Verde e nega fugir à Justiça

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Advogado garante que vai regressar a Cabo Verde e que não vai fugir da Justiça, mas insiste na sua acusação contra o STJ, onde segundo ele estão 3 juízes “fraudulentos” e “desonestos”

A partir de França, da residência de Arlindo Teixeira, na companhia de sua família, o advogado Amadeu Oliveira voltou a condenar a forma como o seu constituinte Arlindo Teixeira foi tratado pela Justiça Cabo-verdiana, onde segundo observa o sistema judicial “não foi capaz” de fazer Justiça em tempo “real e em tempo útil”. Oliveira diz-se agastado pela forma como um processo “tão simples” se arrastou por cerca de 6 ano, tornando a vida do seu cliente num calvário.

Segundo disse numa conversa com Adilson Time”, o seu constituinte já foi condenado 3 vezes num mesmo processo. Em todos os casos o processo é “nulo”, afirma, admitindo que o próprio juiz comete “fraude” ao inserir “falsidades” e ao não “respeitar procedimento legal”.

De acordo com o advogado, Arlindo Teixeira está doente “física e psicologicamente” pelo que precisa ser tratado, até porque já estava a pensar em suicídio, após ser colocado em prisão domiciliária, “não podendo sair à rua sequer para comprar um iogurte”.

O advogado insiste na tese de que Teixeira agiu em legitima defesa, tal como refere o Tribunal Constitucional no seu Acórdão 8/2018 de 26 de abril. O TC já disse que Teixeira agiu em “legítima defesa”, por isso “não pode um Tribunal inferior (STJ) vir dizer o contrário” sob pena de estar a “desautorizar” uma instância superior, comentou Oliveira.

O advogado insiste que a sua luta é contra um “golpe de Estado” que o STJ quer promover em Cabo Verde e contra o seu constituinte. Na sua opinião, o STJ quer “perverter” a ordem constitucional no País, mas ele garante continuar a lutar para a total liberdade do seu constituinte. Garante, no entanto, que nem ele nem Arlindo Teixeira estão em fuga. “Não sou fujão e Arlindo não é fujão”, reiterou, ao mesmo tempo que garante que ele e seu constituinte devem regressar ao Arquipélago como “homens livres”. O advogado mantém suas acusações contra o STJ e afirma que os 3 juízes daquele Tribunal são “fraudulentos, desonestos” e que lhes faltam “integridade técnica e moral” para serem juízes daquele órgão.

Entretanto, Arlindo Teixeira diz-se aliviado após regressar ao convívio da família em França. “Já não aguentava mais aquela pressão” disse, denunciando que Agentes da Polícia Nacional, em São Vicente, invadiam seu quarto de dormir. “Era falta de respeito” disse, confirmando que já esteve a pensar em suicidar.

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