É o que comprava o Auto de Instrução do Ministério Público que ordenou o arquivamento do caso, por apurar não haver qualquer ilícito do então Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação e Ministro da Defesa
OPAÍS.cv retoma a notícia veiculada na última noite, em primeira mão, sobre o arquivamento do processo contra Luís Filipe Tavares, adiantando que a viatura Mercedes-Benz, no foco da investigação ao antigo chefe da diplomacia Cabo-verdiana, não foi pagamento de qualquer favor por parte do Português Cesar de Paço, mas que a mesma foi adquirida pelo então Ministro e esposa, com recurso à banca (3 mil contos) e de um empréstimo no valor de 2 mil contos, concedido por uma irmã do então Ministro.
LFT reportou ao banco que tinha parte do valor e que precisava de cerca de 3 mil contos para comprar a viatura a uma concessionária em Achada Grande. Um banco da praça concedeu-lhe empréstimo, cujo valor seria amortizado em cerca de 8 anos.
O próprio LFT celebrou contrato com a concessionária para comprar um Mercedes-Benz CLA 180, no valor de 5 mil contos. Toda a transação foi feita via transferências bancárias.
A investigação do Ministério Público concluiu não haver “quaisquer indícios” de troca de favores entre o então Ministro e César de Paço, e que a sua nomeação para Consul de Cabo Verde em Palm Beach, Flórida “não resulta” como uma “troca” de favores.
O Ministério Público ordenou a devolução de todos os bens de LFT apreendidos na sequência de “busca e revista”, incluindo os documentos.
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