Em comunicado emitido ao início da tarde desta sexta-feira, 10, embora sem se referir ao seu nome, a Electra confirma a informação veiculada pelo OPAÍS, na quarta-feira, e garante que a casa do político e vice-presidente do PAICV tem uma ligação irregular
A instalação elétrica à residência do vice-líder parlamentar do PAICV, na Cidadela, previa uma alimentação trifásica, entretanto, duas fases passavam diretamente para a residência através de dois “disjuntores limitadores de potência”, sem passar pelo contador.
A Electra constatou que “dois fios” que vinham do interior da residência estavam ligados “diretamente à rede pública (…) o que demonstra que esta ligação adicional é fraudulenta”.
A empresa pública de eletricidade observa que o cliente Rui Semedo apenas pagava fatura referente à ligação oficial, com um consumo na ordem de0.92 amperes, enquanto que duas outras fases passavam de forma clandestina. Num, registou-se consumo na ordem de 1.06 amperes e noutro, 1.48 amperes. A operadora de energia estima que o cliente terá lesado a Electra em cerca de dois terços de energia consumida.
“A Electra perante a situação anómala de furto de energia elétrica lavrou o respetivo auto, como manda a lei”, garante a empresa que diz não tratar situações particulares na praça pública. Confirma, no entanto, que o caso seguiu para o Ministério Público para efeitos de “procedimento criminal”.
A Electra recusa a tese sugerida por Rui Semedo de uma “cabala” contra a sua pessoa, e garante prosseguir a sua política de combate às perdas, fraude e furto de energia.
“Com este combate, pretende-se erradicar, de vez, este flagelo”, pontua a Electra.
Notícia atualizada às 19h00.