Caso Zenira. Vítima não conhecia seu presumível assassino

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Entretanto, Zenira carregou a arma da sua morte que lhe foi entregue pelo próprio presumível assassino

Caso continua sob investigação das autoridades judiciais mas OPAÍS.cv apurou que a vítima carregou a arma da sua morte, na sua própria bolsa-carteira, entre Santa Cruz e Cidade da Praia.

Os dois indivíduos suspeitos da morte da jovem Zenira Gomes, natural da Ilha do Sal, ocorrida em finais do mês de julho, na Cidade da Praia, terão programado a morte da mulher com relativa frieza.

Os dois detidos, que aguardam julgamento em prisão preventiva, encontraram com a vítima e uma sua amiga a meio da tarde, do dia 25 de julho, um domingo, numa esplanada na zona de Prainha, na Cidade da Praia. Alegadamente nem os arguidos nem a vítima e sua amiga se conheciam.

O contato entre eles é estabelecido por um funcionário da esplanada, que a pedido de um dos arguidos vai solicitar o número do telemóvel à vítima que cede. Instantes depois, um dos arguidos e a falecida Zenira Gomes começam a trocar mensagens entre si, até que surge um convite para um passeio a Santa Cruz que as duas mulheres aceitam.

Na viagem para Santa Cruz, o grupo fez-se transportar num veículo de cor branca, marca Chevrolet, modelo Equinox, com as acompanhantes na parte de trás do carro.

Em Santa Cruz os 4 “consumiram bebidas alcóolicas e shisha” e depois foram jantar num outro sítio, antes de retomar viagem de volta para a Cidade da Praia. Nesse momento, um dos arguidos entrega uma arma de fogo, 9mm, à vítima que a transporta na sua bolsa. É essa mesma arma que é utilizada na morte da jovem. Esta estava, antes, no porta-luvas da viatura que os transportava.

O grupo seguiu para Portinho, em Achada Grande Trás, na Cidade da Praia, onde os 4 entraram numa festa. É ali que começa o desentendimento com a vítima que foi vista a dançar “de forma sensual”, chamando a “atenção de todos” o que não agradou os detidos. Ela ia à mesa apenas para ‘drincar’.

Dado relevante: nessa festa, em Portinho, o grupo consome mais “bebidas alcoólicas”, incluindo duas garrafas de Hennessy Privilege (cada garrafa custa 25.000$00), e fumam mais shisha. Passo seguinte: um dos arguidos toma de volta a arma que havia entregue à Zenira. Já tinha expressado sua indignação pela atitude da amiga.

Zenira deixou a festa por volta das 5 horas da madrugada, acompanhada dos dois amigos, constituídos arguidos na sua morte. Sua amiga havia deixado o local cerca de uma hora antes, de taxi. No percurso entre Portinho e a Circular da Praia, Zenira é alvejada “na região torácica”, mas ainda resiste. Entretanto, foi levada para a rotunda do Estádio Nacional, seguindo o grupo pela circular, em direção à Cidade Velha onde a mulher foi executada “com pelo menos 4 tiros” e seu corpo lançado pela Ribeira de Laranjo onde viria a ser encontrado dias depois “em estado de cadáver”.

Pertences da jovem ficaram pelo caminho o que facilitou a sua identificação após localização, apenas no dia 29 de julho. O principal suspeito da morte, um cidadão natural dos Estados Unidos da América, viajou no dia seguinte ao crime para a Ilha do Fogo.

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