Crianças, adolescentes, jovens e idosos, todos, sem exceção, quiseram homenagear o jovem da terra, morto a pancada, em Bragança
O Município dos Mosteiros, na ilha do Fogo, vestiu-se de branco, esta tarde, numa marcha silenciosa, cujo objetivo foi pedir justiça à morte de Luís Giovanni Rodrigues, e que o crime não caia no esquecimento.
A marcha passou por várias artérias da Cidade, desde Mosteiros Trás, onde começou, terminando em Fajãzinha, zona natal de Giovani.
Depois, celebrou-se uma Missa na Capela de Nossa Senhora de Fátima, em memória do malogrado.
Em São Filipe, também no Fogo, a marcha silenciosa ao filho de “Txon de Café” deve sair às ruas esta noite. O início estava marcada para às 19 horas.
Em vários outros sítios, marchou-se pelo jovem que cursava em Bragança, Portugal.
Ânimos exaltados
Também na Cidade da Praia, milhares de manifestantes saíram hoje às ruas, para pedir Justiça, no caso Giovanni.
Os manifestantes passaram por vários pontos da Cidade, fazendo pausas em locais do Estado, como Palácio do Governo, e junto à Embaixada e residência oficial da Embaixadora de Portugal, na Capital.
Foi junto à Embaixada que os ânimos se exaltaram com os manifestantes a ultrapassar a barreira de segurança imposta pela Polícia e conseguiram mesmo chegar à porta do edifício, gerando-se momentos de tensão.
Por volta das 17 horas, os manifestantes fizeram com que a Polícia reforçasse a sua presença no local, que viram os manifestantes a gritarem “justiça para o Giovanni”.
Esclarecimento já
No Mindelo, os manifestantes pediram “esclarecimento já”, pelas circunstâncias da morte do Cabo-verdiano.
Um porta-voz dos manifestantes repudiou o que considera “ato bárbaro e terrível” que vitimou Luís Giovanni.
“Queremos esclarecer a situação e todas as situações de agressão e violência gratuita que os Cabo-verdianos sofrem em Portugal”, disse Salvador Mascarenhas, lembrando que este caso “ainda não está esclarecido, mas pode ter contornos racistas, o que será muito mais grave”, ajuntou.
