Cesária Évora ou Paulino Vieira? Ambos!

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A Cesária Évora era uma figura encantadora e tinha uma voz lindíssima.

Tive a sorte de vê-la a cantar, acompanhada de grandes músicos (Kaku Alves, Bau, Totinho, etc.), em dois palcos especiais desta “aldeia global”, na Europa e na Ásia (Macau).

Mas não se pode negar que Paulino Vieira teve um papel fundamental na sua consagração internacional, tendo produzido, aliás, o melhor álbum da cantora, MISS PERFUMADO.

Os arranjos e o piano do grande multi-instrumentista da Praia Branca (que honrou, ao longo de décadas, variadíssimos artistas nacionais e internacionais com o seu talento) são simplesmente magistrais. Sublimes.

A faixa “Sodade”, que imortalizou a diva, é um excelente exemplo da qualidade do mestre Paulino, em termos de estética musical. Diamante precioso!

Cize não conquistou o mundo sozinha.

O resto é estória!



7 COMENTÁRIOS

  1. Se estivéssemos a falar de quem conquistou o mundo; ou se a Cize conquistou-o sozinha ou não, ficaria muito injusto esquecer a figura do Djô da Silva que, com Paulino (e com Cesária), conquistou-o, e posteriormente, sem Paulino continuou a conquitá-lo com outros integrantes, não do calibre do Paulino, até a morte da Diva.
    Porém, isso se estivéssemos porque, parece-me que não era esse o assunto em questão. O articulista fez, talvez involuntariamente, uma enorme deriva e assim, isto vai dar pano p’ra manga para uma eternidade de discussão.

  2. O sr. Gjô, de forma sintomática, escolheu o anonimato para fazer o seu comentário.

    Não percebo porquê, já que estamos em democracia e cada qual pode, livremente, assumir e publicitar a sua própria opinião!

    Não se sente confortável? Pretende omitir a sua verdadeira identidade?!

    Quanto à sua apreciação, digo-lhe apenas que não incluí o empresário Djô da Silva nesse leque porque eu estava a falar do aspecto MUSICAL e, nesta estrita dimensão, o contributo do sr. Djô é praticamente nulo.

    Por isso é que destaquei somente a Cesária e os músicos que a acompanharam, incluindo o destacado contributo de Paulino Vieira, que fez, então, os arranjos da música mais célebre e cosmopolita de Cabo Verde até hoje, a referida “Sodade”.

    É claro que o Djô da Silva teve um certo papel, não negligenciável, como empresário da cantora, mas isso é outra história. Temos que distinguir os planos.

    O Messi brilha por si só, tem as suas qualidades, e tanto pode ser “agenciado” por este ou aquele empresário.

    O amigo há-de compreender que isso é perfeitamente secundário!

    S. Tomás de Aquino estabelecia uma diferença crucial entre o analogado principal e o analogado secundário. Eis o cerne da questão.

    Não se pode confundir os 2 planos!

    • Fez de novo uma deriva. Ninguém pôs em causa que a Cesária não chegou onde chegou sozinha ou da qualidade do Paulino enquanto músico. O Sr Pina está reiteradamente a incidir sobre um assunto que não está em discussão.

  3. Para mim um grande artigo porque a consagração da Diva começou com o mestre Paulino o resto encontrou a obra feita so tiveram de a dar mais visibilidade Parabens Dr Casimiro de Pina

  4. Dizem que tudo foi por causa de um solo prologando do Paulino na França. Se fosse devido a Erica porque este nunca se pronunciou sobre um cantor/produtor em Portugal que explorou muitissima gente e com quem o Paulino trabalhou por muito tempo. Realmente Paulino é um grande musico com arranges e.composicoes geniais, mas quando fala da mafia e da world music, fala de um mundo imaginativo em que ele vive.. Onde Djo recebe convites para entrar no mais alto patamar da World Music e da um a Cesaria, outro a morna e rasga o resto. O Mar Azul ja vendia muito, e era ja inivitavel a Cize ser a Diva da Morna. Ja tinha dado um concerto de casa cheia de franceses pouco antes de entrar nos estudios com o mestre, e estava no Playlist de muitas estaçoes de radio na França. Diz um “escrevedor”que tem mais de 20 horas de entrevista, más infelizmente este nunca teria coragem de faze perguntas pertinentes; precisamos ouvir um jornalista competente a entrevista Paulino, que nao seja so um que lhe de palmadinhas nas costas.

  5. De fato, ao ver e escutar na íntegra a entrevista, fiquei de fato com a impressão de que o jornalista, pela forma como a conduziu, fazendo uso de perguntas mansas e duma atitude aparentemente conciliatória, esteve guiado pelo propósito de instalar o a confusão e o alvorosso na sociedade sobre o assunto, impulsionado por uma vontade muito pessoal de fazer algum ajuste de contas com um passado já bem passado.

    Mas, já quanto ao cantor/produtor que segundo afirma, juntamente com o Paulino explorou muitíssima gente em Portugal, eu diria o seguinte:
    – Este cantor, expoente máximo que deu tanto ao país, tinha o seu modo de vida e de sustento. O seu negócio como qualquer ser humano tem direito a ter.
    – Durante muitos anos estive próximo desse cantor/produtor, do Paulino e dessa muitissimna gente (Músicos e intérpretes).
    – Alguns deles, são aqueles portadores de dons naturais o bastante para terem podido aproveitar daquele negócio que esse cantor/produtor colocava à sua disposição, para evoluirem na sua carreira e que nele, sempre viram até a data de hoje, um homem que criou oportunidades e abriu portas a muita gente;
    – E os outros, que, pela lei da vida e da seleção natutal ficaram para trás, e que no mesmo cantor/produtor sempre viram um explorador.
    Não sei se fez parte e se fez, nem sei de qual destes dois grupos o senhor fez parte.
    No entanto, se não pertenceu a nunhum deles, deixa a ideia de que a sua afirmação se baseia no que ouviu dizer, o que em certa medida, descredibiliza essa informação.

  6. O Casimiro de Pina me ensina que estamos em democracia e que cada qual pode livremente assumir e publicar a sua opinião mas ao mesmo tempo contradiz-se ao querer tirar-me a liberdade de assinar como acho conveniente.
    Dei uma simples opinião, não insultei nem ofendi ninguém para depois me esconder.
    Não confundamos as coisas!!!

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