Charbel em Cabo Verde para promover seu mais novo álbum “Nha Criol”

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Artista com 12 anos de carreira e quatro álbuns no mercado, oferece aos fãs um “trabalho diversificado, com muitas histórias, mágoas e superação”. Charbel conversou com OPAÍS.cv e garante “nunca esqueci Cabo Verde, nem nunca esquecerei”

No dia 28 de fevereiro de 2023, Charbel Pinto lançava o seu quarto álbum de originais no mercado.

Depois de Apaixonado, Compatível e Up, o artista guineense lançou este ano “Nha Criol”, com 10 faixas musicais: Um bisou; Dodu; Nampili; Tampu Di nha Panela; Lebam; Dixan Tchuptiu; Labanta bu Mexi; Macumba; Favela e Ruma Mala.

Em entrevista ao OPAÍS.CV, Charbel que está em Cabo Verde a promover o seu novo trabalho discográfico, disse trazer aos fãs um álbum “diversificado”, com quatro temas na língua crioula de Guiné-Bissau, quatro no crioulo de Cabo Verde, e dois na língua portuguesa.

Depois de vários anos sem gravar, o artista voltou com força, e segundo disse, o seu álbum está a ser bem aceite, na Comunidade de Países de Língua Portuguesa.

“Estou muito feliz. Depois de quatro anos sem gravar, por vários motivos, um deles é a morte da minha mãe, vejo que as pessoas não se esqueceram de mim. Muito pelo contrário cantam, dançam as minhas novas músicas e partilham-nas nas plataformas digitais, como Tik Tok. Só tenho que agradecer”, referiu Charbel.

Este álbum é diversificado, como disse o artista, mas também diferente das músicas que tinha habituado os fãs.

“Devido a momentos menos bons na minha vida, prometi a mim mesmo trazer coisas mais alegres, nesse novo álbum, por forma a desviar da dor da perda da minha mãe”, notou.

Nesse álbum, o artista contou com colaboração de um artista As one, um dos maiores rappers guineense da atualidade.

Charbel, que é filho de pai Português e mãe Libanesa, nasceu no Senegal, mas viveu a sua infância toda na Guiné-Bissau, onde viveu desde o primeiro mês de vida. Ele desde sempre sonhava em ser músico.

Em 2000, mudou-se para Portugal, com bagagem cheio de sonhos, principalmente de se tornar num cantor. Em 2005 teve o seu primeiro filho e como forma de sustentar a família, Charbel foi trabalhar na construção civil, onde teve contacto com os primeiros Cabo-verdianos.

Foi ali, nessa convivência que o sonho de se tornar cantor começava a ganhar proporção com o passar dos anos, à medida que ia conhecendo vários artistas africanos, como Gama, Tó Semedo, Philipe Monteio, Jair OB1, entre outros.

Hoje é um cantor conhecido e reconhecido a nível internacional, e não esconde o desejo de trabalhar com alguns artistas Cabo-verdianos, como Beto Dias e Grace Évora.