Ulisses Correia e Silva discursava no Fórum de Cooperação China-África que ontem chegou ao fim, em Pequim, na presença de altos dignatários da China, do Continente, da União Europeia e da ONU
O PM de Cabo Verde defendeu, em Pequim, que o Mundo precisa de uma globalização para o desenvolvimento e não apenas para o comércio e o investimento.
UCS acentuou que este é o propósito que Cabo Verde partilha com a China, através do FOCAC. “Uma globalização inclusiva com impacto nas pessoas, no seu bem-estar físico e intelectual e que coloca a dignidade da pessoa humana no centro da razão de ser da política e das políticas públicas”, enfatizou.
O Chefe do Governo que participou no Fórum, à frente de uma importante delegação nacional, observou que a globalização deve “criar as condições” para o acesso e partilha mais impactante do conhecimento, da ciência e da tecnologia e advogou ser “imprescindível” atuar sobre o ambiente interno dos países para criar condições institucionais, organizacionais, educacionais, económicas e de confiança capazes de transformar o conhecimento, a tecnologia e os recursos naturais em fatores de competitividade, de desenvolvimento humano e de prosperidade.
“Todos ganham”, prosseguiu, admitindo que com mais desenvolvimento em África estar-se-á a potenciar “mais comércio, mais investimento e mais sustentabilidade ambiental a nível global”.
UCS defendeu que o Mundo precisa de uma abordagem estratégica “win win” e de benefícios mútuos para “implementar como impulso adicional ao crescimento económico mundial e como respostas sustentáveis ao fenómeno das migrações, das alterações climáticas e da segurança, a nível global”.
Investimentos em África
Na sua comunicação, UCS saudou as medidas de investimento em África, anunciadas pelo Presidente da China, nomeadamente, o pacote financeiro na ordem de 51 mil milhões de Euros e mostrou confiança em como o Fórum de Pequim é “marcante” no caminho comum para uma nova era da globalização onde “todos ganham e ninguém fica de fora”.