China desrespeita Vaticano e nomeia bispo em Yujiang

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Papa já lamentou a decisão unilateral da China, e diz aguardar “comunicações oportunas” de Pequim sobre o não cumprimento do acordado entre as partes

As relações entre a China e a Santa Sé voltam à atualidade, após as autoridades de Pequim voltarem a desrespeitar o Vaticano, nomeando, à revelia, um bispo, para uma diocese em Yujiang, na Província de Jiangxi, uma igreja não reconhecida pelo Papa.

Ao contrário do que se prevê num Acordo Provisório sobre a nomeação de bispos entre os dois Estados, adotado em setembro de 2018, após décadas de inexistentes relações diplomáticas entre as duas partes, a China nomeou e ordenou, nos últimos dias, um bispo para Yujiang.

Alegando que esta nomeação “não ocorreu em conformidade” com o espírito de diálogo entre as duas partes, a Santa Sé veio informar, no entanto, que a nomeação do bispo, pela China, surgiu de “longas e pesadas pressões” por parte das autoridades Chinesas.

No entanto, o Papa que já lamentou a decisão unilateral da China, diz aguardar “comunicações oportunas” das autoridades de Pequim sobre o não cumprimento do acordado entre as partes, mas a Santa Sé não dá as costas ao diálogo com a China, reafirmando “total disponibilidade” para continuar um diálogo “respeitoso” sobre todas as questões de interesse comum.

As relações entre a China e a Santa Sé foram oficialmente cortadas em 1951, após a ascensão do comunista Mao Zedong, tendo Pequim “criado” a denominada Igreja Católica Patriótica, ficando os Católicos leais ao Papa e ao Vaticano num tipo de “clandestinidade”.