Chiquinho BL tem “todas as condições” para navegar nas nossas águas

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Garantia é do Ministro da Economia Marítima que reconfirma assim aquilo que foi dito pela CVII, contrariando, deste modo, as posições do PAICV, que diz tratar-se de um navio “que não presta”

O Ministro da Economia Marítima, Paulo Veiga, reconfirmou esta sexta-feira, no Parlamento, que o navio Chiquinho BL, da companhia Cabo Verde Interilhas é, “sim, um navio novo” e com “todas as condições” para navegar nas nossas águas.

Paulo Veiga rebatia, assim, as declarações do PAICV, em como o Chiquinho BL não é novo, que “não presta” e que não é adaptável às águas nacionais.

Para fundamentar o seu argumento, Paulo Veiga afirmou que Chiquinho BL seguiu sozinho, “não à boleia” da Coreia do Sul para Cabo Verde numa viagem de 54 dias, passando por diversas tempestades nesse percurso, principalmente na que se verificou no mediterrânio, classificada como umas piores tempestades dos últimos 100 anos, mas a embarcação “conseguiu ultrapassá-la”.

No dizer do Ministro, isso demostra “sim”, o Chiquinho BL “tem capacidade” para navegar nas nossas águas.

O governante pede calma à Oposição,  garante que, no momento, o navio está no “processo de bandeiramento de registo e certificação internacional”.

“Dizer que o navio não é novo não é verdade”, reforçou.

A própria CVII reafirma que o Chiquinho BL reúne “todas as condições” operacionais e de segurança para viagens. Em informação também hoje avançada pela Agência Inforpress, por fonte da companhia, reitera-se que a embarcação, em processo de certificação nacional, reúne “todas as condições” operacionais e de segurança para o tráfego de passageiros e mercadorias, nas nossas águas. Estas condições são “muito melhores” do que as existentes no passado recente.

A CVII reitera que o navio é “novo”, tendo realizado uma viagem transoceânica, até chegar ao Porto Grande, no Mindelo, e a viagem provou as “excelentes condições” da embarcação.



1 COMENTÁRIO

  1. O navio pode dar a volta ao mundo, as vezes que quiserem. Mas ele não foi comprado para fazer regatas, mas sim para transportar carga e passageiros. E são os passageiros e os carregadores que vão dizer, quando começar a operar, se ele lhes oferece “muito melhores condições do que as existentes no passado”.

    O navio já provou que tem “seaworthiness”. Agora falta-lhe provar que tem “cargoworthiness”. De todo o modo, não é por ser novo que será melhor que os outros. Um mau produto (não estou a dizer que o navio seja mau) nunca será melhor que outros, só por ser novo. A propósito, por que não se divulga o ano da sua construção?

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