Cidade de Bissau serena, pessoas tentam regressar à normalidade

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A capital da Guiné-Bissau acordou hoje serena, depois do ataque perpetrado na terça-feira contra o Palácio do Governo, com as pessoas a tentarem regressar à normalidade

Se às primeiras horas da manhã não havia ainda registo de grande movimento, cerca das 11:30 já era visível movimento de pessoas pelas principais artérias da cidade, com alguns estabelecimentos comerciais a abrirem portas, tal como bancos e alguns ministérios, que não estão situados no Palácio do Governo.

Nas ruas, não há uma presença ostensiva das forças de defesa e segurança e apenas circulam algumas viaturas a fazer patrulhamento.

No Bandim, principal centro comercial a céu aberto de Bissau, as lojas estavam abertas e o movimento era igual ao registado num dia normal na capital guineense.

Também as bideiras (mulheres que vendem em bancas nas ruas) tinham regressado à via pública.

No centro da cidade, alguns bancos estavam a funcionar e algum do comércio, que encerrou ontem as portas, também estava aberto ao público.

Na UDIB, antigo cinema da capital, que agora funciona como um laboratório, dezenas de pessoas esperavam à porta para a realização de testes à covid-19.

Na praça dos Heróis Nacionais, antiga praça do Império, onde está situado o Palácio da Presidência, o trânsito e a circulação de pessoas era feita com toda a normalidade, depois de na terça-feira ter estado encerrada.

A segurança estava reforçada no local por onde se entra para a Presidência da República.

Algumas escolas permanecem encerradas, principalmente privadas, incluindo o Liceu João XXIII, um dos principais de Bissau.

O Palácio do Governo, onde terça-feira foi perpetrado o ataque contra o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, e o Governo, que estava reunido em Conselho de Ministros, estava encerrado e era visível a presença de militares e a estrada estava cortada. O trânsito só passava por uma das faixas.

Fontes militares tinham confirmado à Lusa que hoje o Estado-Maior General das Forças Armadas realizava no local uma operação para “recolha de mais elementos” sobre o ataque.