O Santo Padre deixou oito orientações para se combater os abusos de menores, na Igreja
Terminou ontem, domingo, ao fim de quatro dias, a histórica cimeira convocada pelo Papa para tratar a questão dos crimes de abuso sexual.
O Papa deixou 8 orientações aos Bispos e ao Mundo, e vai desde a purificação pessoal dos fiéis à formação dos seminaristas e ainda o combate à pornografia infantil e o turismo sexual.
A Igreja quer erradicar o abuso sexual de menores e virar a página de uma história que desacredita a mais antiga instituição mundial.
Desde que iniciou o seu pontificado, Francisco tem batido contra os abusos na Igreja. Em 2013, na sua primeira audiência, o Papa desafiou a Congregação para a Doutrina da Fé para, “agir de forma decisiva” em casos de abuso sexual.
Em março do ano seguinte, 2014, é criada a Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores, e a 7 de julho, Francisco celebra uma missa com seis vítimas de abuso por parte do clero e pede “perdão por pecados de omissão” cometidos por líderes da Igreja por “crimes graves”.
Ainda no mesmo ano, em novembro, expulsa um sacerdote argentino, condenado a uma pena de prisão por pedofilia, e na mesma altura cria um tribunal especial dentro da Congregação para a Doutrina da Fé para avaliar recursos interpostos pelos clérigos em casos de abuso e para agilizar as sentenças.
As ações do Papa multiplicam-se nos anos seguintes e chega mesmo a afirmar que os Bispos poderiam ser expulsos se, por “negligência ou omissão”, causarem “sérios danos a outra pessoa na comunidade”.
Depois desta cimeira, resta saber como será a nova página na Igreja e se efetivamente os crimes deixam de acontecer ou se, acontecendo, haverá punições severas.
