Cinco países lusófonos melhoram no índice de corrupção da Transparência Internacional e três pioram

Cabo Verde manteve-se na posição 41.ª com 58 pontos, depois de em 2019 ter subido desde o lugar 45

A percepção sobre a corrupção no setor público melhorou em cinco países lusófonos, piorou em três, incluindo Portugal, e manteve-se em Cabo Verde, segundo o Índice de Percepção da Corrupção, IPC, divulgado hoje pela Transparência Internacional, TI.

As maiores subidas foram registadas pelo Brasil, que com 38 pontos subiu 12 lugares, passando da posição 106 para 94, e Timor-Leste, que conseguiu 40 pontos e uma subida do 93.º para o 86.º lugar, indica a edição de 2020 do índice que avalia a percepção da corrupção no setor público de 180 países, pontuando-os de 0 (percepcionado como muito corrupto) a 100 (percepcionado como muito transparente).

Angola passou de 26 para 27 pontos, o que lhe valeu uma subida de quatro lugares na lista, ocupando agora a posição 142 (146 em 2019), e registando progressos pelo terceiro ano consecutivo.

No mesmo sentido, a Guiné-Bissau ganhou um ponto e subiu três lugares, da posição 168 para a 165.

São Tomé e Príncipe subiu da posição 64 para a 63 e conquistou 47 pontos, enquanto Cabo Verde se manteve na posição 41.ª com 58 pontos, depois de em 2019 ter subido desde o lugar 45.

O País consolidou a sua posição como o terceiro país mais bem classificado da África subsaariana, a seguir às Seicheles (66 pontos) e ao Botsuana (60 pontos), que ocupam respetivamente as posições 27 e 35 do índice.

Cabo Verde e São Tomé e Príncipe continuam a registar pontuações acima da média dos países da África subsaariana (32 pontos), a região com pior prestação no IPC, e da média global dos 180 países (43 pontos).

Moçambique perdeu um ponto, passando de 26 para 25, e caiu três posições, de 146 para a 149, depois de no ano passado ter subido 12 posições.

Portugal perdeu um ponto, passando de 62 para 61, e caiu da posição 30 para a 33.

A Guiné Equatorial manteve os 16 pontos do índice anterior, mas perdeu um lugar e passou para 174.º em 180 países da lista.

O Índice de Percepção da Corrupção, da Transparência Internacional, criado em 1995, é um dos principais indicadores à escala mundial sobre a percepção da corrupção no sector público de 180 países. O índice reflecte a percepção de especialistas e empresários e não da população em geral.

Globalmente, Dinamarca e Nova Zelândia partilham o topo da tabela, com 88 pontos, seguidas da Finlândia, Singapura, Suécia e Suíça, com 85.