Cleo Diára. De Cabo Verde ao estrelato internacional

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Nascida na Cidade da Praia, Cleo mudou-se para Lisboa aos 10 anos, onde começou a alimentar, em segredo, o sonho de ser atriz

A atriz Cabo-verdiana Cleo Diára foi distinguida recentemente com o prémio de Melhor Atriz na seção “Un Certain Regard” do prestigiado Festival de Cinema de Cannes, pela sua interpretação no filme O Riso e a Faca, do realizador Português Pedro Pinho.

Nascida na Cidade da Praia, Cleo mudou-se para Lisboa aos 10 anos, onde começou a alimentar, em segredo, o sonho de ser atriz.

O percurso até aos palcos e ao cinema foi feito com perseverança. Antes de abraçar a carreira artística, chegou a estudar finanças e contabilidade, experiência que descreve como profundamente frustrante.

Foi na Escola Superior de Teatro e Cinema, em Lisboa, que encontrou o seu verdadeiro caminho, formando-se em interpretação. Desde então, construiu uma sólida carreira no teatro, colaborando com encenadores como Rogério Carvalho, Mónica Calle, Sónia Baptista e Mário Coelho.

A estreia no cinema aconteceu com o filme Verão Danado, de Pedro Cabeleira, com quem voltaria a trabalhar em Entroncamento, selecionado para a 78ª edição do Festival de Cannes.

Participou ainda no filme Diamantino, de Gabriel Abrantes, vencedor do Grande Prémio da Semana da Crítica no mesmo festival.

Cleo é também uma das fundadoras do coletivo Aurora Negra, juntamente com as atrizes Isabél Zuaa e Nádia Yracema, uma iniciativa que visa afirmar narrativas e subjetividades negras nos palcos Portugueses.

Em entrevista à rádio TSF, revelou que adotou o nome artístico Cleo Diára como forma de reforçar a sua ligação às raízes africanas. “Queria que o meu nome dissesse de onde venho. Diára quer dizer ‘presente’”, afirmou.