CMP. Maioria chumba, novamente, propostas de Francisco Carvalho

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Presidente da Autarquia da Capital, não consegue aprovar propostas, na reunião noturna de ontem e Vereadores do MpD querem medidas que travam atitudes déspotas de Francisco Carvalho

Os Vereadores do MpD na Câmara Municipal da Praia querem medidas que travam atitudes déspotas de Francisco Carvalho, e apelam as autoridades competentes a fim de fiscalizarem e para posicionarem contra as irregularidades que passam na gestão da Edilidade Capitalina, antes que seja tarde, no prejuízo dos Munícipes.

Os Vereadores da Câmara Municipal da Praia, eleitos pelo MpD, estão “estupefatos e indignados” com a forma “déspota” como o Presidente da Edilidade, Francisco Carvalho, tem gerido a questão da marcação das reuniões da Autarquia e a cometer “irregularidades em cima de ilegalidades”.

A situação, critica a Vereadora Ethel Fernandes, tem deveras chegado a um ponto que consideram de ridículo, pois após algum tempo sem reuniões, Francisco decidiu convocar uma reunião ordinária para as 20h30 de ontem, sábado, para se debater e aprovar questões “importantíssimos” para a vida dos Munícipes Praienses, aliás como aconteceu ontem, 14 de maio.

Este facto levou a que alguns especialistas afirmassem que tratou-se de uma estratégia “maquiavélica”, no pior sentido da palavra, de se poder fazer aprovar alguns documentos. Só que o presumível cálculo de que supostamente os Vereadores não comparecessem ou que o próprio Vereador do PAICV, Samilo Moreira, que se virou contra Francisco Carvalho, também pautasse pela ausência, não aconteceu e com isso, os documentos que queria aprovar não passaram, pois deste modo, ficou sem a maioria, com os votos contra dos Vereadores do MpD, mais um de Samilo Moreira, PAICV.

Este cenário pode levar a que venhamos a ter eleições antecipadas no Município da Praia. Os Munícipes devem-se preparar para essa possibilidade.

Caricato

As convocatórias, contesta Ethel Fernandes, têm sido feitas pelo Presidente da Câmara Municipal da Praia, sem o respeito pelas leis, estatutos e demais regulamentos que regem as reuniões da Câmara Municipal, esclarecendo que, no início do mandato, estipularam as normas de como iriam funcionar as reuniões ordinárias. “Neste momento temos um Presidente que agenda as reuniões ordinárias nas horas e dias que bem entender, sem o respeito por aquilo que foi previamente definido como determina o Estatuto”, lamenta Ethel Fernandes, para quem as matérias da ordem não tinham qualquer urgência para serem aprazadas para a noite de ontem.

Para além deste aspeto, as críticas da Vereação afeta ao MpD foca ainda em algumas situações que consideram de “ilegais” como sejam, o não envio de material de base que possa servir de suporte que permita uma melhor preparação para o debate e aprovação dos documentos em agenda.

Os pontos que estavam previstos para a referida reunião, prendiam-se às questões relacionadas com os recursos humanos, planeamento e gestão do território, planos detalhados do Município, contratos e memorando de entendimentos, contratos e acertos de contas que, de acordo com Ethel Fernandes, não conseguem aprovar nada sem os tais materiais ou documentos de suporte.

Outra queixa apresentada por estes Vereadores tem a ver com o facto de Francisco Carvalho levar paras as sessões de trabalho uma agenda fechada e sem a permitir que os Vereadores possam introduzir qualquer proposta na ordem dos trabalhos.

O MpD acusa ainda Francisco Carvalho, de conduzir as reuniões da Câmara como sem respeitar as leis, as regras e as formalidades. Não apresenta atas das reuniões e o Secretário Municipal nunca comparece nas reuniões.

Tribunais

Perante o que consideram “prepotência” reinante na gestão Municipal da Praia, os Vereadores do MpD indicam terem já apresentado queixas ao Ministério Público relativamente ao caso do Orçamento 2021, que o próprio Francisco Carvalho, na opinião do MpD, falsificou juntamente com as deliberações que não passaram pelo crivo da Câmara.

Na mesma situação se encontra o Orçamento de 2022 que não foi aprovado pela Câmara Municipal tendo, igualmente, sido a questão submetida aos tribunais.

Para além destas situações, os Vereadores do MpD fizeram saber que já foram solicitadas auditorias, informações, inspeções e intervenções de instituições do Estado, da tutela, da ARAP, Tribunal de Contas e Ministério das Finanças.



2 COMENTÁRIOS

  1. O Francisco, Presidente da Câmara quer vitimizar-se e provocar eleições…o Mpd está desejoso de voltar a dirigir a câmara…essa é a equação em jogo que é preciso firmeza e frieza por parte do Mpd. Com base no art.º 59.º dos estatutos do município aprovados por lei em 3 de Julho de 1995, dos decretos regulamentares de 2/98 e 7/98 é que devem ser dados os passos subsequentes para que haja eleições intercalares. O Francisco e os seus apoiantes passam a vida a dizer que o MpD é uma força de bloqueio…será? quem anda de conflito em conflito com a sua base de apoio eleitoral a ponto de perder a maioria que recebeu do eleitorado praiense? Ruas e passeios duma cidade são como órgãos dessa mesma cidade…devem funcionais, limpos e desimpedidos.

  2. Em tempos que caço bodi generalizado na capital é perigoso reunir a CMP e que sabe o prejuuzo que possa rrazerà integridade fisica aos particioantes na calada da noite.
    Dizse a torto e a direito que todos sentem-se inseguros a circular na capital e agenda-se reunião à noite?
    Disparate autêntico

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