CNE defende recenseamento automático

Quem o diz é a Presidente Comissão Nacional de Eleições. Maria do Rosário Pereira fala numa opção que irá evitar a exclusão política

A Presidente da Comissão Nacional de Eleições, CNE, defendeu ontem a implementação do recenseamento automático em Cabo Verde, por forma a evitar a exclusão política.

Para Maria do Rosário Pereira, que falava na Cidade da Praia, na apresentação do novo site da CNE, (www.cne.cv),  até ao momento, depois do novo ciclo de recenseamento, mais de 8 mil pessoas já foram inscritos nos Cadernos Eleitorais, contudo, trata-se ainda de um número que está “aquém das expetativas”, por isso defende o recenseamento automático.

“Não obstante esta evolução positiva este ano, o número de novos inscritos fica aquém das expetativas e a probabilidade de termos um grande número de cidadãos com idade eleitoral excluídos da participação política através do voto ou da candidatura nas próximas eleições continua a ser elevada (…) esta forma de exclusão política reforça a necessidade de o País implementar o recenseamento automático, habilitando a todos os cidadãos com requisitos a estarem prontos e habilitados a votar”, afirmou a Presidente da CNE.

De acordo com essa dirigente, mesmo estando no caderno no dia das eleições, decidem conscientemente não votar, por isso acha que o Estado deve garantir a “eliminação de vez desta exclusão política” através do recenseamento eleitoral. “Penso que isto já é uma matéria consensual e trabalha-se neste momento na implementação do recenseamento automático”, garantiu.