São 20 jovens e adolescentes que terminaram formação em arte e cultura e avaliação para capacitação na vertente formação profissional
A formação terminou ontem e a Colmeia, Associação de Pais e Amigos de Crianças e Jovens com Necessidades Especiais, expôs todo o trabalho artesanal feito pelos beneficiários.
São pinturas, brincos, colares, bandoletes e árvores de natal com materiais recicláveis. “Trabalhos extremamente complexos, pois a deficiência intelectual tem mais exigência em termos de resposta, consoante o nível ou o grau de afetação da deficiência. Mas eles, mesmo assim, puderam aproveitar”, considerou Isabel Moniz.
Mais do que resultados positivos e práticos, disse a Presidente da Colmeia, é a oportunidade que a Associação deu aos jovens para puderem experimentar e trabalhar as suas aptidões, socializarem-se, abrirem-se ao mundo e ocuparem o seu tempo livre.
Depois desta formação piloto que custou 1.400 contos, a Colmeia já pensa, apesar dos constrangimentos a nível financeiro, em realizar a segunda fase de capacitação desses mesmos jovens e adolescentes que mostram-se interessados em aprender. “Há jovens que querem fazer formação de cozinha, de mecânica e da panificação. O que constatamos é que precisaremos de outros parceiros para modelar a aptidão desses jovens e a segunda fase dependerá, também e em grande medida, do financiamento”, disse.
A Colmeia entende que ter um emprego ou trabalho que permita alguma independência económica e social é um dos melhores indicadores de qualidade de vida de qualquer pessoa. Por isso quer continuar a apostar na capacitação de jovens e adolescentes com deficiência intelectual e outras limitações e preparar, igualmente, o mercado para sua inserção e autonomia financeira.
“Toda a vertente da formação do despiste vocacional para esses jovens tem essa valência. Separamos o público-alvo dos 0 aos 13 anos e dos 13 a mais anos. Esses últimos precisam de outro tipo de resposta que é o trabalho de despiste vocacional, de montar uma formação profissional de acordo com aptidão deles e ver como trabalhar o próprio mercado no sentido da inserção desses jovens”, esclareceu.
Capacitação, integração socioprofissional no emprego ou no mercado de trabalho e inclusão é o que deseja a Colmeia para todos os jovens com deficiência atendidos pela Associação.
Dos 20 jovens e adolescentes formados em arte e cultura e avaliação para capacitação na vertente formação profissional, todos, assegura Isabel Moniz, tiveram uma boa prestação na formação e os trabalhos expostos, refere, são prova disso.
A Colmeia conseguiu inserir “com sucesso” um jovem com deficiência intelectual no mercado de trabalho e anseia que mais jovens consigam integrar-se social e profissionalmente.