Como é que se chama um nabo no futuro?- Patrão!

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O título deste artigo vem de uma piada antiga. Mesmo sendo o título uma piada, ela demonstra algo tão real e que é muito estudado desde o século XX: como é que os menos “inteligentes” são melhor sucedidos?

Todos nós já estudamos com uma pessoa que, aparentemente, era o mais nabo da turma. Todavia, anos depois de terminarmos o ensino secundário, descobrimos que o nabo de antes agora é o mais bem-sucedido de entre os amigos. O nabo criou empresas e empregou muito dos mais inteligentes da época da escola.

Ultimamente, a ciência tem estudado quais são os fatores determinantes para o sucesso na vida. Até um certo ponto, descobriu-se que o Quociente de Inteligência, QI, representa somente 20% enquanto a inteligência emocional representa os outros 80% dos fatores decisórios para o sucesso na vida.

Uma investigadora da Universidade de Boston, Karen Arnold, afirmou que “saber que alguém faz parte do grupo dos melhores alunos só nos diz que essa pessoa é excelente no desempenho de certas tarefas que são medidas por notas. Nada diz respeito de como reage às vicissitudes da vida”.

Como exemplo, em 1981, nos liceus de Illinois, EUA, foi feito um estudo e seguimento com 80 dos melhores alunos e chefe de turma das escolas. Embora continuaram a ter grandes êxitos em quesito acadêmico, social e profissionalmente os resultados foram uma lástima. Em suma, tinham boas notas, mas não conseguiam lidar bem com o ambiente de trabalho e pessoas à volta.

Howard Gardner, estúdio da Inteligência Multiplica, deu um grande contributo para percebermos como podemos definir e categorizar tipos de inteligências.

De uma forma resumida, Gardner, refuta o sistema atual de avaliação e classificação que é baseada no domínio da linguagem e da lógica matemática e inclui as outras formas de inteligência que envolvem a capacidade visual, o gênio cinestésico e outras formas de inteligências.

No entanto, o nosso sistema de ensino e aprendizagem, que em princípio deve oferecer ferramentas para sermos bem-sucedidos na vida, continua a dar maior importância ao fator que só determina 20% do sucesso no nosso futuro, o Q.I.

Todavia, enquanto houver um grande foco nos 20%, a capacidade cognitiva, estamos, de uma certa forma, a reduzir as chances de sucesso em larga escala. Assim, para concretizarmos uma mudança e ampliar a quota de indivíduos bem-sucedidos, deve-se alterar o foco, treinar as valências que nos ajudam no dia-a-dia.

O ensino, como indicam alguns estudiosos, deve pôr a tónica nos soft skills. Esses soft skills, devem ter como indicador macro a inteligência emocional que nada mais é do que a capacidade de lidar com pessoas, situações, emoções e momentos.



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