O país está escandalizado e envergonhado, perante o mundo, com a sua postura de se posicionar acima da lei e tomar decisões que lesem o interesse público e ofendam a dignidade dos que o escolheram para dirigir o destino desta nação.
Como pode o senhor que jurou “cumprir e fazer cumprir a Constituição e demais leis da República” passar por cima da lei e atribuir à sua companheira, Primeira Dama (PD), um ordenado mensal de 310 contos, muito superior ao seu próprio salário e salário do Primeiro Ministro (PM), de Ministros e de qualquer agente da Administração Pública apenas para satisfazer o seu ego, neste caso desmedido, sem ter em conta este pobre povo sofredor que labuta, incansavelmente, todos os dias para garantir o pequeno sustento de cada dia, com muita “rasca”, para si e para os seus filhos?
Como pode o senhor nomear a sua Conselheira Jurídica, Dra. Marisa Morais, sua amiga e “camarada”, para receber um ordenado de 210 contos mensais estando ela a viver fora do país, raras vezes vista no Palácio Presidencial para lhe prestar assessorias, quando essa função deve ser exercida presencialmente e em regime de exclusividade?
Somados os salários da sua companheira (PD) e da sua amiga “camarada” conselheira são 520 contos mensais. É muito dinheiro sim, senhor PR para um país pobre como nós, onde as nossas empregadas domésticas ganham o salário mínimo de 14/15 contos mensais para sustentarem os seus filhos que precisam de tudo. 520 contos pagos às 2 mulheres mensalmente (sua companheira (PD) e sua amiga “camarada”) é o que recebem 33 empregadas domésticas no país que V. Exc. comanda o seu destino.
520 contos mensais é muito dinheiro sim, senhor PR quando o mesmo não tem retorno e nenhuma compensação para este pobre povo que o escolheu para ser o seu representante, seu defensor e garante dos seus interesses. Era um fardo pesado que o povo carregava durante esses dois anos da sua presidência, à socapa e que veio, agora, ao conhecimento de todos, através de denúncias e caso não as houvesse este pobre povo jamais o saberia.
Concentre-se, senhor PR e atenha as suas emoções, os seus impulsos e os seus gostos e fantasias, pois o senhor representa um povo que vive de dificuldades e sacrifícios para garantir, com dignidade, a sua sobrevivência e não é justo e nem é ético e moral que abuse da sua confiança para carregar, ainda mais, sobre o seu ombro o fardo incomportável da sua desgraça!
