Confiança no consumidor diminuiu no último trimestre

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O indicador de confiança no consumidor inverteu a tendência de estagnação do último trimestre, situando-se abaixo da média da série, segundo os resultados do primeiro trimestre de 2020, conforme indicou o Instituto Nacional de Estatística

De acordo com a mesma fonte, em termos concretos, o referido indicador revela um abrandamento da confiança dos Cabo-verdianos.

Comparativamente ao trimestre homólogo, “observa-se uma evolução negativa”. Este resultado explica-se, lê-se no estudo do INE, basicamente pela apreciação negativa das famílias sobre a sua situação financeira e económica do País para os próximos 12 meses, relativamente ao trimestre homólogo.

Para as famílias inquiridas, pelo INE, no estudo em que a recolha das amostras foi feita na Praia, Santa Catarina, São Vicente e Sal, tanto a sua situação económica do seu lar como a situação económica do País evoluíram positivamente relativamente ao trimestre homólogo.

Na opinião dos inquiridos, os preços de bens e serviços diminuíram face ao trimestre homólogo e nota-se que o desemprego diminuiu relativamente ao mesmo período do ano 2019.

De acordo com os inquiridos, para os próximos 12 meses, tanto a situação financeira das famílias como a situação económica do País deverão evoluir negativamente face ao trimestre homólogo. Para as famílias inquiridas, os preços de bens e serviços deverão aumentar e o desemprego deve manter no mesmo nível face ao trimestre homólogo.

Quando questionados se tencionam comprar um carro nos próximos 2 anos, a maioria dos inquiridos afirmou “não, certeza absoluta”, ou seja, 79,3% dos inquiridos asseguraram ter a certeza absoluta que não tencionam comprar um carro nos próximos dois anos.

De referir ainda que uma fraca percentagem dos inquiridos, 3,6%, asseverou “provavelmente sim”, ou seja, pretendem comprar um carro nos próximos dois anos e 15,8% responderam que “provavelmente não” irão comprar um carro nos próximos 2 anos.

Relativamente à intenção de comprar ou construir uma casa nos próximos 2 anos, os inquiridos, na sua maioria, 73,8%, são de opinião de que não pretendem comprar nem construir uma casa, contra 54,6% registado no período homólogo, traduzindo um aumento de 19,2 p.p. Com o propósito de construir ou comprar uma casa, 2,6% garantiram com certeza absoluta, contra 1,5% no período homólogo, indicando um acréscimo de 0,9 p.p. e 13% responderam “provavelmente sim”, contra 14,4% no período homólogo, representando uma diminuição de 1,4 p.p.

De realçar que a recolha dos dados é feita na primeira quinzena do fim de cada trimestre e a divulgação dos resultados um mês depois.