Conseguido consenso em Pedra de Lume

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Partes encontraram-se esta tarde e há clima de serenidade. Vai se avançar com um novo acordo. A garantia é que ninguém será despejado

Acaba de ser realizada, na ilha do Sal, um “importante encontro” com representantes da população da Pedra de Lume, representantes da Empresa Turinvest e a Câmara Municipal do Sal, e já se chegou a consenso para um novo acordo que deverá vir a ser assinado nas próximas semanas.

OPAÍS.cv está em condições de avançar que depois de alguma polémica devido a uma notificação aos moradores de Cafarú e Pedra de Lume, para saírem das suas casas, devido a compromissos da Turinvest, as partes sentaram-se esta tarde num encontro “muito produtivo”.

“Chegou-se a um consenso sobre um novo acordo que vai ser assinado”, apurou OPAÍS.cv e os “ânimos estão agora serenos”.

O novo acordo vai contemplar a transferência do título de propriedade para todas as famílias residentes em Cafaru e Pedra de Lume, e vai haver também transferência de terrenos para se poder avançar com o plano urbanístico, permitindo a filhos de Pedra de Lume aceder a terrenos para construção de suas casas, bem como de espaços de interesses público, nomeadamente, uma praça que deverá receber o nome do imortal Ildo Lobo, e outros equipamentos coletivos como um campo de futebol que poderá vir a ter o nome da antiga glória, Djô de Pedra de Lume, guarda-redes de futebol, recentemente falecido. Fora estes dois projetos, outros espaços municipais deverão nascer em Pedra de Lume.

Depois da reunião desta tarde, “há um ambiente de tranquilidade e serenidade e é possível avançar com a implementação do projeto turístico” na Pedra de Lume, observa um nosso interlocutor, que nos falou momentos depois da reunião.

Um elemento da população, ouvido pelo OPAÍS.cv, congratula-se com este consenso alcançado depois de “longos anos” de sofrimento. O nosso interlocutor destaca o que considera “espírito prático” do Presidente da Câmara Municipal do Sal Júlio Lopes em “ajudar a resolver” este problema.

Recorda-se que em 2004 houve um acordo, entre a Turinvest e a Câmara Municipal do Sal, segundo o qual, as casas de Cafarú e Pedra de Lume seriam demolidas e sobre aqueles terrenos deveriam nascer projetos turísticos e imobiliários, e que a população deveria ser transferida para uma outra zona, no interior de Pedra de Lume, nas imediações da Escola, onde seriam construídas casas e equipamentos comunitários e sociais.

O próprio Turinvest garante que não é sua pretensão demolir nem tomas as residências mas diz estar apenas a garantir a titularidade da propriedade, em conformidade com a lei.