A candidata mais votada (na foto) foi arredada de qualquer lugar na mesa da nova Assembleia Municipal. UCID, em conluio com o PAICV, assume a presidência da Assembleia Municipal
Está consumado o “golpe político” em São Vicente, em contramão com a vontade popular expressa nas urnas, no passado 25 de outubro. É um tipo de “geringonça” formatada pela UCID, PAICV e o Más Soncent para impedir que a candidata do MpD, Lídia Lima, enquanto mais votada desempenhasse as funções.
Ela mesma disse que deixou o lugar na mesa aos “assaltantes”, numa alusão à coligação feita pela UCID e o PAICV, dois Partidos com “ideologias diferentes” e que se uniram contra a vontade popular.
No segundo dia dos trabalhos de instalação da nova Assembleia Municipal de São Vicente, e na linha do que aconteceu ontem, a Oposição uniu-se contra a vontade popular para impedir Lídia Lima de assumir o cargo de Presidente.
A Oposição impôs uma vontade diferente daquela que o povo votou e Lídia Lima cedeu, justificando sua cedência com o fato de ser ela uma “pessoa democrática, ao contrário do que vocês querem fazer passar”.
Em votação, duas listas, uma do MpD e outra da “coligação”. Venceu esta, com 11 votos favoráveis, uma abstenção ao passo que a lista do MpD obteve 9 votos, sendo, assim, chumbada.
O MpD com 9 mandatos na AM, fica sem lugar na mesa. A UCID com 7 assentos detém, agora a presidência da mesa e a vice presidência fica com o grupo independente. O PAICV, terceiro Partido na Ilha, com 4 Deputados, passa a ocupar o lugar de Secretário da mesa.
Só falta assaltar à Presidência da CMSV! Porque é que a UCID e o PAICV não o fazem? De que estão à espera? Então são ou não são maioritários também na Câmara Municipal?
Não o fazem porque a lei não prevê isso..
Se assim fosse, não tenha dúvidas, como foi o que aconteceu nos Açores por exemplo, porque a lei o permite.
Aqui em Cabo Verde a lei permite isso na assembleia, por isso é melhor aceitar porque doi menos…´
António Monteiro é o maior cara-de-pau da política em Cabo Verde. Longe de reforçar o papel da própria Ucid em São Vicente e em Cabo Verde, AM resolveu dar uma colher de chá ao Paicv, trazendo a terceira força política da Ilha para a Mesa da Assembleia Municipal em detrimento da primeira força. O MpD nunca deu um bom combate aos populismos do AM e do SL. Estes dois são sujeitos sem escrúpulos, sem caráter, desprovidos de qualquer ética e moralidade na política. São oportunistas que pensam a política como o jogo de frik-frak: toma cá, dá la! Estenderam a mão ao Paicv na perspetiva de alguma recompensa posterior. A história regista que o Povo de São Vicente não escolheu nem o Paicv nem a Ucid para a mesa de Assembleia Municipal.
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