Convenção Nacional do MpD. Esperamos que o evento seja de reafirmação do Partido

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É a antevisão do Secretário Geral do Partido que se reúne em magna reunião, para (re)legitimar o Presidente Ulisses Correia e Silva, reeleito no passado 16 de abril, e eleger os novos órgãos nacionais do Partido

O MpD reúne-se em Convenção entre os dias 25 e 27, na Cidade da Praia, na presença de 300 Delegados eleitos, 270 residentes nos 22 Municípios. O SG do Partido garante que os preparativos para a magna reunião “estão a decorrer em bom ritmo”, estando “praticamente tudo preparado” para receber os Delegados – que começam a chegar hoje na Praia – e convidados.

“Esperamos que o evento seja de reafirmação do MpD, a maior força política do País”, vaticina Luís Carlos Silva, que reafirma que a prioridade do Partido, no próximo ciclo político “é ganhar” em toda a linha. 

OPAÍS.cv – Sr. Secretário Geral, o MpD entra em Convenção Nacional, esta semana. Tem dito que será um momento de “celebração, de festa e de reorganização do Partido”. Como está a ser esta preparação?

Luís Carlos Silva – Processo de renovação dos órgãos do MpD, primeiro fizemos a eleição direta do Presidente do Partido e elegemos os Delegados da Convenção, e a partir de agora vamos entrar na Convenção que será, efetivamente, um momento de celebração do Partido, momento de união do Partido, mas também o momento de reorganização e relançamento do Partido para o futuro, particularmente para enfrentar o próximo ciclo eleitoral que começa já em 2024, com as eleições Autárquicas.

Desta Convenção sai os novos órgãos dirigentes do Partido, uma nova Direção Nacional.

Os preparativos estão a decorrer em bom ritmo, já está praticamente tudo preparado para recebermos os nossos Delegados que vêm de todo o País, mas também vem da nossa Diáspora. Serão 300 delegados, dos quais 270 nacionais e 30 que vêm da Diáspora.

Os Delegados já começam a chegar amanhã (hoje, terça-feira), mas o início da Convenção será na quinta-feira e depois teremos os momentos altos da Convenção com a abertura e consagração do Presidente eleito que por acaso é o Presidente cessante, depois temos o momento alto que será o debate da Moção Estratégia, o debate e a revisão dos Estatutos, vamos rever os Estatutos do MpD para dar uma nova dinâmica ao Partido.

Teremos também o encerramento da Convenção onde é esperado que o Presidente produza uma comunicação para o futuro do Partido, também teremos um momento do debate da Moção Estratégica do Presidente que é o Programa do Governo do Partido para os próximos três anos, de destacar a presença de convidados dos Partidos amigos que vão também fazer presente nesta Convenção.

Esperamos que o evento seja de reafirmação do MpD, a maior força política do País.

Quais são os principais objetivos e temas a serem abordados nesta magna reunião partidária?

Os principais temas a serem abordados será a mudança dos Estatutos, que é um momento que se espera de grande debate, depois define qual é o formato do Partido, qual é o modelo de governação do Partido que nós queremos a nível local, a nível regional, mas também a nível nacional e também qual é o formato de organização do Partido para a Diáspora.

Para já existe uma proposta que está sendo operacionalizada, já estão a debater essas alterações de forma que o debate na Convenção seja um debate útil e profícuo e produza melhores resultados.

Temos também o debate da Moção do Presidente eleito, é com esta Moção que o Presidente se apresentou as eleições, portanto a Convenção será o momento onde vai se debater este documento, eventualmente se trazer novos contributos para a Moção teremos a possibilidade também de ter Moções Setoriais que também vão servir de orientação para o Partido nesses setores alvos dessas moções.

Nós estamos à espera da possibilidade de ter uma Moção Setorial para a Diáspora, uma Moção Setorial para participação política das mulheres e jovens e uma Moção Setorial para o equilíbrio regional.

O grande momento também é, obviamente, o encerramento do debate onde é esperado uma grande intervenção do Presidente, uma intervenção que é esperada da unificação do Partido, mas também de relançamento para o próximo ciclo eleitoral.

Que expetativas em relação à participação e engajamento dos Militantes do MpD na Convenção?

Uma grande expetativa, mas nós temos neste momento um grande engajamento, um engajamento que já foi refletido no processo de eleição. Esta eleição no meu entendimento foi a eleição mais concorrida de sempre do MpD pelo menos dentro do espaço temporal que eu conheço.

Tivemos uma grande afluência às eleições e neste momento há um engajamento total dos Delegados, mas também há uma grande demanda para participar na Convenção como convidados, amigos simpatizantes do MpD, mas o nosso convite é que também a Sociedade civil possa estar atenta e possa acompanhar o que se vai acontecer na Convenção.

A reunião vai tomar decisões e resoluções? Em que temas/assuntos específicos.

Claro, vai tomar decisões importantes para vida do Partido, particularmente qual será a nova Direção Nacional, qual será a nova Comissão Política Nacional, mas também a questão dos Estatutos, todo o funcionamento do Partido é dirigido pelos Estatuto, portanto, qualquer alteração nos Estatutos terá um grande impacto na vida do Partido do futuro, qual será o Partido do futuro a sair desta revisão estatutária.

O MpD, como tem sido a sua prática, vai se engajar na nossa determinação, na promoção de uma participação política mais alargada, o maior equilíbrio na participação política dos géneros mas também é preciso que o MpD se engaje com a participação política dos jovens, particularmente porque segundo o ranking de economist sobre democracias, Cabo Verde tem duas fragilidades e que são respetivamente a participação cultural democrática e a participação política, portanto, é fundamental que nós temos um sinal de alargamento da participação política e de uma grande cultura democrática para que depois nós possamos transportar esta nossa visão para a Sociedade.

Como é que estas decisões/resoluções impactarão o futuro do MpD?

O objetivo é ter um MpD mais dinâmico, que o MpD consiga ter uma presença e uma atuação política mais permanente que esteja sempre em contato com a Sociedade e que possa a cada momento conhecer o pulsar da Sociedade e poder desta forma influenciar positivamente as decisões a nível da governação que vão ao encontro às expetativas dos Militantes, portanto, o objetivo é desenhar este MpD nos Estatutos e que o MpD esteja mais próximo das bases, das pessoas, da Sociedade dos locais, então uma das propostas de revisão dos Estatutos é por exemplo a criação dos Núcleos de bairro para poder dar ao MpD uma abrangência, uma profundidade maior. Essa é uma proposta que impacta imediatamente a organização do Partido e consequentemente a proximidade do Partido, vai se rever o formato de organização do Partido e consequentemente a proximidade do Partido, vai se rever o formato de organização do Partido, particularmente a organização das Comissões Politicas Concelhias no País, mas também poderemos promover alterações que possam impactar a nossa organização também na Diáspora.

O objetivo é conseguir que o MpD esteja mais conectado, mais interligado que promova maior capacidade de comunicação interna, mas também com a Sociedade, construir um MpD que esteja mais próximo da Sociedade e mais aberto à Sociedade, portanto, esperamos que as propostas das alterações e as alterações que vão acontecer possam produzir este MpD que nós ambicionamos.

Quais são as prioridades do MpD para o próximo ciclo político/eleitoral e como a Convenção irá definir a agenda do nesse sentido?

A prioridade do MpD é ganhar o próximo ciclo político como o maior Partido de Cabo Verde.

A maior força política do País tem a ambição maior que é ganhar as eleições individualmente, cada uma das eleições, mas também ganhar todo o ciclo, começar já pelas eleições Autárquicas onde a nossa missão é conseguir manter as atuais Câmaras Municipais e aumentar o número de Câmaras sob gestão do MpD, porque nós acreditamos que o modelo de governação do MpD, a nossa filosofia e a nossa ideologia são as que tem maior capacidade de promover as mudanças que Cabo Verde precisa, portanto, por Cabo Verde teremos que ter um MpD mais forte que possa ganhar o próximo ciclo político.

Quais são as estratégias de comunicação e engajamento que serão adotadas pelo Partido para se conectar com os eleitores e transmitir a sua mensagem de forma eficaz para a Sociedade?

Nós temos uma estratégia de comunicação que está a ser implementada, uma das inovações introduzido nessa Convenção foi os debates prévios, debates prévios que pudessem alargar o debate que vai acontecer na Convenção à Sociedade, levar o debate às pessoas que não tiveram oportunidade de se eleger, aos Militantes e amigos do MpD que não tiveram oportunidade de se eleger como delegados, mas também, como forma de aprofundar o debate e também com os delegados tenham trabalho de casa feito em matéria dos temas que serão abordados na Convenção, portanto já aconteceram alguns debates prévios e existe esta disponibilidade e abertura para ouvir a Sociedade para construir o nosso entendimento, relativamente às expetativas que a Sociedade tem relativamente ao MpD, portanto, a estratégia de comunicação é de abertura, é de diálogo, e isto está expresso na nossa própria identidade. Há uma comunicação digital a acontecer, nós já temos uma comunicação mais formal e estaremos a ocupar todos os meios de Comunicação Social e todos os espaços de comunicação para passarmos a nossa mensagem.

O MpD tem os seus canais de comunicação, o MpD tem a sua estrutura de disseminar um pouco por todo Cabo Verde e todas essas estruturas estão ao serviço da comunicação desta Convenção e durante a Convenção estaremos com transmissões em direto nas redes sociais, mas também temos a cobertura da Comunicação Social, portanto, é esperado que haja mais ampla comunicação e mais ampla abertura para os Cabo-verdianos poderem acompanhar de perto o que acontece dentro do MpD, o que acontece com o MpD porque o MpD está ao serviço de Cabo Verde e é sempre esta a perspetiva que nos guia, um MpD ao serviço de Cabo Verde.

Até que ponto esta Convenção ajuda o MpD a manter-se vitorioso no próximo ciclo eleitoral?

A Convenção pode redesenhar um MpD que esteja mais próximo, um MpD que esteja mais capaz, um MpD que esteja unido a servir da melhor forma Cabo Verde. Só uma Convenção pode fazer isso e nós esperemos que esta Convecção possa servir este propósito, não temos dúvidas que vai servir este propósito e que a seguir a Convenção tenhamos um MpD mais forte, um MpD mais aberto, um MpD mais dinâmico e um MpD mais preparado para vencer no próximo ciclo.

Para terminar, que mensagem aos Delegados e de forma geral aos Militantes neste aproximar da Convenção Nacional?

A Convenção é sempre um momento de celebração, é um momento de celebração de todo o percurso que temos vindo a fazer, é um momento de celebração de todo o empenho e serviço que o MpD tem prestado a Cabo Verde, mas também é um momento de convívio, entre todo o sistema de MpD que está espalhado por Cabo Verde e pelo mundo, portanto, é desejar que os Delegados possam usufruir deste momento e que possam contribuir, positivamente, para fortalecer o Partido, reafirmar a dimensão institucional do MpD mas também reafirmar o conteúdo ideológico do MpD. Nós somos um Partido que se fundamenta na liberdade, na democracia e no Estado de Direito, portanto que esta Convenção sirva para fortalecer o entendimento do caráter fundamental, que o Estado de Direito tem e os seus princípios, enfim, fortalecer institucionalmente o MpD para fortalecer Cabo Verde. Que todos os Delegados possam contribuir para no final todos dizermos que conseguimos. Um MpD que sai da Convenção é um MpD mais forte, mais unido e mais preparado para enfrentar o próximo ciclo político.



3 COMENTÁRIOS

  1. “Presidente da República diz que visita ao Luxemburgo é essencial para reforço da cooperação”, isto se chama chover no molhado. Nunca a cooperação com o Grão Ducado esteve tão bem e em tão alto patamar. Ir ao Luxemburgo é passeio com dinheiro público. Não nenhum ganho visível. Na presidência desta república, a coisa funciona assim: é consabido que o salário do presidente não chega para tantas despesas que JMN tem com tantos filhos a estudar fora e outras despesas com outras famílias. Ele é, ao contrário de muitos em Cabo Verde, que são monoparentais, pluriparentel. Então, de tempos em tempos o seu Chefe da Casa Civil inventa umas “saidinhas” para permitir ao Chefe de Estado embolsar umas sempre bem bem-vindas ajudas de custo para tapar os buracos no orçamento pessoal do JMN com as outras despesas. É uma gestão de sanzala aquele que o Jorge Tolentino montou para ajudar o “grande líder”.a não morrer de fome. A conta, essa pagamos nós!

  2. Está mais do que provado o passeio, com dinheiro público do JMN ao Luxemburgo. São precisos três (3) dias de visita, para o presidente da república de Cabo Verde ser recebido, por apenas 10, dez minutos, por Sua Alteza o Príncipe do Luxemburgo, segundo informa a http://www.inforpress.cv. Segundo vexame: na revista e guarda de honra ao Exército do Luxemburgo, JMN (o apressadinho) posiciona-se, e está à frente, uns passos, da autoridade que o acompanha na revista. O matchicado está nem aí. Não aprendeu ainda a liturgia do cargo. Mau, muito mau para compensar o valor da ajuda de custos de JMN&Cia levaram de Cabo Verde.

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