CORREIOS: Funcionário em São Miguel suspenso por alegados desvios

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Valores podem não ser elevados mas sucede que a pessoa em causa é reincidente. Processo de averiguação está em curso

Os Correios de Cabo Verde têm em curso um processo de averiguação a um alegado desvio de valores na agência de São Miguel, no interior da ilha de Santiago.

O caso já foi confirmado pela Administração da empresa que garante estar o processo a correr seus trâmites, internamente.

Sem entrar muito em detalhes, o Administrador dos Correios de Cabo Verde, Cipriano Carvalho, confirmou ao OPAÍS que um colaborador na agência de São Miguel “está suspenso” de suas funções por, alegadamente, ter desviado recursos financeiros da empresa.

Apesar de indicar que os valores podem não ser exorbitantes, o responsável garante que o caso, assim que foi denunciado, mereceu atenção da empresa que instaurou um processo de averiguação.

“Há essa suspeita e tomamos a decisão de afastar a pessoa do balcão e suspendê-la de funções”, precisou Cipriano Carvalho que garante que a suspensão mantém-se até a conclusão do processo.

O visado

A pessoa em causa é André Garcia Andrade, e segundo consta é reincidente. Pelo que se sabe é a segunda vez que incorre processos por alegada subtração de recursos alheios.

O Administrador dos Correios confirma esse facto e diz mesmo que o funcionário já tinha sido punido com “pena temporária”.

“Ele é reincidente”, confirmou, evitando, no entanto, entrar em detalhes do processo em curso. “Vamos aguardar o desfecho das averiguações”, sugeriu.

Negação

Ouvido, telefonicamente, pelo OPAÍS, André Garcia Andrade evitou abordar a questão, sustentando “não poder” falar do assunto. Num outro momento refere não ter percebido “absolutamente nada” da conversa.

Mais adiante, entretanto, sugere que caso OPAÍS pretenda ter informações desta situação deve ir “ao foco. Informe-se e preocupe se com peixes grandes”, sugeriu.

Quem também evitou abordar a questão é o gerente dos Correios em São Miguel. Apesar de negar a informação, num primeiro momento, dizendo que ela “é falsa”, Maurício Fernandes entraria depois em contradição ao admitir que o caso não constitui, para já, “motivo de notícia”.