Destes, 21 são da Cidade da Praia e um na Ilha do Sal
Cabo Verde registou hoje mais 22 novos casos de Covid-19, informou o Ministério da Saúde e da Segurança Social, num comunicado.
De acordo com a nota foram analisadas 124 amostras no laboratório de virologia no dia 31 de maio, destes 22 acusaram positivos, sendo 21 na Cidade da Praia e um na Ilha do Sal, tratando-se de uma pessoa que está internada na Madama, local de isolamento.
De realçar também que a Ilha do Sal exportou um doente para São Vicente, tratando-se de uma grávida, que acabou de dar a luz a uma criança do sexo masculino.
Também, diz o comunicado, 74 amostras na Cidade da Praia acusaram negativos, mesmo resultado teve as três amostras da Cidade Velha, três do Tarrafal de Santiago, e um da ilha do Sal. Ainda há mais seis amostras pendentes.
Foram realizados ainda quinze exames de controlo de doentes em seguimento no Concelho da Praia cujos resultados se mantiveram positivos e que continuarão em isolamento.
Com a confirmação e atualização dos dados, o País contabiliza neste momento 458 casos
acumulados de Covid-19.
Os doentes com infeção ativa, continuam em isolamento e com evolução favorável, com
exceção de um doente se mantém em estado crítico.
É exatamente o que se espera na Praia. Havia três problemas principais. Primeiro, não deveria ter havido relaxamento das restrições com o último prolongamento do estado de emergência em 15 de maio. Foi um erro grave que permitiu um aumento substancial na mobilidade dos moradores da Praia, e é assim que o vírus se alastra. O segundo problema era que mesmo as restrições que restavam não eram respeitadas por muitas pessoas – as empresas que não deveriam ter sido reabertas foram abertas da mesma forma, nem todos usavam máscaras e o distanciamento social não era mantido. Finalmente, houve uma interrupção significativa nas capacidades dos testes de PCR, tanto no início quanto no final do último estado de emergência.
Com o primeiro caso positivo no Sal e a exportação de um caso do Sal para São Vicente, precisamos agora realizar um grande número de testes rápidos de anticorpos em todas as ilhas, não apenas na Praia. Isso não pode ser feito com rapidez suficiente.
E agora, com o levantamento do estado de emergência e a abertura das atividades na Praia, é muito provável que a situação se torne ainda pior e haverá a necessidade de decretar outro estado de emergência com retorno ao nível mais alto de restrições. Caso contrário, centenas mais podem ser infectadas rapidamente, o vírus pode se espalhar para outras ilhas e haverá talvez mais algumas dúzias de mortes. Em outros países onde o vírus já foi controlado, eles esperaram várias semanas sem novos casos antes de suspender as restrições. Nos países onde eles levantaram as restrições enquanto o vírus ainda estava em andamento, só piorou. Deveríamos ter sido mais pacientes com as medidas que estavam em andamento na Praia. Agora, o país inteiro está em maior risco.
Finalmente, as autoridades de saúde devem publicar os mapas mostrando a localização do vírus em todas as ilhas em que houve casos. E também diga ao público quais são os bairrros onde há novos casos. O público não pode e não ajudará a combater um inimigo invisível se não lhe disserem onde o inimigo está localizado. Isso é apenas senso comum! Se isso não for feito, as pessoas deixarão de lado seus guardas e, sem saber, se colocarão em maior risco de contrair o vírus, indo para as áreas mais infectadas sem perceber que estão fazendo isso.
Ângelo Bernard, permita-me subscrever por baixo do seu comentário?
Concordo plenamente consigo!
Foram vários posts e comentários nas redes sociais, incluindo os meus, nos quais apelávamos ao bom senso das autoridades, no sentido de se precaverem, esticassem um pouco mais o EE, com fortes medidas preventivas e, no entanto, não nos deram cavaco!
Só espero que o virus não se alastre pelas demais ilhas do país e que se adote ou se reforce, com rigor e vigor, essas restrições, o mais depressa possível para evitar o seu alastramento!
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