Ulisses Correia e Silva reiterou que a saída do estado de emergência, em seis das nove ilhas habitadas “não significa” a eliminação do Covid-19 nas nossas ilhas
O Primeiro-Ministro considera as Câmaras Municipais “fundamentais e imprescindíveis” no combate à pandemia do Covid-19 e na continuidade do “bom caminho” na luta.
Ulisses Correia e Silva que ontem voltou a reunir-se com os Presidentes de Câmaras Municipais do País, por videoconferência, reiterou que a saída do estado de emergência, em seis das nove ilhas habitadas “não significa” a eliminação do Covid-19 nas nossas ilhas.
“Temos que continuar a ser vigilantes, com medidas de proteção individual, institucional e a fazer a gestão dos riscos durante esta fase de saída do estado de emergência, para que progressivamente, possamos minimizar eventuais situações de propagação e de contágio”, defendeu o PM que apelou ao reforço “ainda mais” das medidas de confinamento, sobretudo nas ilhas afetadas e que continuam sob o regime de estado de emergência, nomeadamente, Santiago, Boa Vista e São Vicente.
UCS sugeriu uma avaliação para se poder “passar” às fases seguintes, e insistiu na necessidade de contenção da propagação do vírus para níveis que não provoquem o colapso do sistema de saúde. “Recuperar os infetados e reduzir ou minimizar eventuais situações” que podem provocar mortes é uma outra recomendação do Chefe do Governo que aponta para uma adaptação ao vírus, sublinhando que ele “não vai desaparecer” nem com medidas administrativas, nem com medidas legislativas, por isso “temos que aprender a conviver” com esta situação, “minimizando” a intensidade da sua propagação até que seja possível ter uma vacina contra a doença.
Foi a segunda reunião, por videoconferência, entre o PM e os Autarcas em tempos de pandemia.
Ontem, o estado de emergência foi levantado em 11 dos 22 Municípios Cabo-verdianos, em ilhas que não registaram qualquer caso de Covid-19. Boa Vista, São Vicente e os 9 Municípios de Santiago mantêm, até 2 de maio, a medida restrititva. Apenas na quinta-feira ou na sexta-feira, 1, o Presidente da República deverá pronunciar-se sobre uma possível renovação do estado de emergência nas três ilhas.