OPAÍS.cv volta a atualizar os números da pandemia no Arquipélago e os jovens constituem a grande maioria dos infetados. Os Bissau-guineenses são a segunda nacionalidade mais afetada em Cabo Verde
Os grupos de infetados pelo Covid-19 estão divididos por faixas etárias. Os dados consultados às 10h15 desta segunda-feira, 4, confirmam que os jovens são a maioria.
O grupo 20/30 anos consta com 36 pessoas infetadas, o de 30/40 com 62 e o de 40/50 com 23, o que perfaz um total de 121 pessoas vítimas da doença no nosso País.
Há 16 pessoas na idade de 10/20 anos e 5 crianças com menos de 10 anos também infetadas.
Na faixa etária dos 50/60, o Instituto Nacional de Saúde Pública reporta a existência de 10 infetados, 7 no grupo de 60/70 anos, 3 no grupo 70/80, 2 na faixa de 80/90 e 1 com mais de 90 anos. Ao todo são 165 casos de infeção no País.
Os casos de recuperados são animadores, 33 pessoas, e a lamentar 2 óbitos, um de nacionalidade Cabo-verdiana, na ilha de Santiago/Praia, e outro de nacionalidade Inglesa, o primeiro infetado no País, a 19 de março, na Boa Vista.
Os Cabo-verdianos são os mais afetados pela pandemia, no Arquipélago. Os números consultados esta manhã pelo OPAÍS.cv reportam que 91.52% dos infetados, equivalente a 151 pessoas, são nacionais de Cabo Verde, com a Guiné-Bissau, com 3.64%, 6 pessoas, em segundo lugar.
Em terceiro surgem, juntos, nacionais do Brasil, Cuba e Inglaterra, respetivamente, com 1.21%, com dois infetados cada, ao passo que China e Holanda têm, cada um, um caso, o que equivale a 0.61%.
Os casos de internamento representam 78%, o que significa 128 pessoas.
A ilha de Santiago é o epicentro da pandemia, com 106 casos, a grande maioria está na Cidade da Praia. Boa Vista, onde a pandemia foi diagnosticada, conta com 56 casos.
O estado de emergência nestas duas ilhas foi prorrogado no sábado, 1, e vigora até o dia 14 próximo.
A situação da Praia preocupa o Governo, admite o Primeiro-Ministro que aponta para a obrigação de confinamento obrigatório, ao mesmo tempo que apela ao sentido de responsabilidade das pessoas.
À TCV, Ulisses Correia e Silva advertiu que “é preciso” que as pessoas cumpram com a sua parte, tendo assegurado que o Governo vai “fazer questão que (as pessoas) cumpram”, até porque a propagação do vírus na Capital é “significativa”.
Ao apelar ao “sentido de responsabilidade” de cada um, UCS advertiu que as pessoas “não podem fazer uma vida como se estivéssemos numa situação normal, o vírus não anda por si”, avisou.
A Polícia vai reforçar a sua presença nos bairros, indicou o PM que insiste na necessidade de “consciência social” das pessoas.