Covid-19. PM afasta cenário de austeridade mas admite “dificuldades acrescidas”

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Os setores da saúde e da segurança sanitária vão ser reforçados no Orçamento Retificativo, e UCS garante que questões relacionadas com a saúde vão estar na “primeira das primeiras prioridades” do Governo para os próximos tempos

O Orçamento Retificativo que o Governo está a preparar, adiantou o Primeiro-Ministro, vai ser de relançamento e da recuperação da economia nacional, ao mesmo tempo um orçamento de mitigação dos efeitos sociais provocados pela pandemia do Covid-19.

O sublinhado é do Chefe do Governo que falava em entrevista à TV pública no domingo, 3. Ulisses Correia e Silva afastou, no entanto, cenários de austeridade em Cabo Verde mas acentuou que vai haver “dificuldades acrescidas” impostas pelo contexto da pandemia.

O Governo vai tudo fazer para a retoma da atividade económica e UCS observa que sem economia a funcionar dificilmente haverá respostas para o setor social, enfatizando que são as empresas que criam e geram empregos. “O social não existirá se não houver o económico também”, advertiu, admitindo que são as empresas que dão respostas a uma “grande parte” social, que é o emprego.

A nível das parcerias Governo-Autarquias, o PM indicou que a retoma de vários projetos e programas de requalificação urbana, desencravamento das localidades, construção de estradas, está em cima da mesa e conforme sublinhou, são projetos e programas que geram empregos e criam economia local. A retoma, nas ilhas fora do estado de emergência, está para breve.

Outra aposta do Governo é no programa de mitigação para acudir, sobretudo famílias no mundo rural “duplamente atingidas” pela seca dos últimos três anos e pela pandemia do Covid-19.

O setor das pescas é outra área que, de acordo com o PM, vai merecer “atenção especial” do seu Executivo, até porque é uma área que pode “complementar” rendimentos, ao passo que “toda” a política, medidas e projetos no setor de inclusão social e na inclusão produtiva vão ser “reforçados”, ao mesmo tempo que se vai “procurar os equilíbrios” entre a retoma económica e aquilo que é investimento público, assegurou o PM.

O setor da saúde e da segurança sanitária vão ser reforçados no Orçamento Retificativo, e UCS diz mesmo que vai haver um olhar “muito diferente” para as questões de saúde, seja em termos de investimentos, de eficiência e de cobertura. “Questões relacionadas com a saúde vão estar na primeira das primeiras prioridades para os próximos tempos”, asseverou.