CRUZ VERMELHA: Presidente da instituição quer condições para melhor resposta humanitária

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O Presidente da Cruz Vermelha de Cabo Verde defende a necessidade de se trabalhar o regime jurídico que dê respostas aos novos desafios e aplicação de políticas e estratégias que garantam uma ação humanitária mais eficaz da instituição

A propósito das comemorações do Dia Mundial Humanitário, assinalado ontem, 19, Arlindo Soares de Carvalho, disse que a data serve de reflexão e homenagem a todos os voluntários que dedicam suas vidas por causas humanitárias.

O responsável da Cruz Vermelha advogou uma “atenção especial” ao estatuto dos voluntários e a legislação da classe, afirmando que, embora seja ela boa, carece ainda de uma avaliação aprofundada.

Arlindo de Carvalho lamentou o facto de a Cruz Vermelha ser uma instituição de ação humanitária deparar com situações burocráticas, que no seu entender, impedem que ela desempenhe suas funções de forma eficaz enquanto auxiliar dos poderes públicos Cabo-verdiano.

Acrescenta que no quadro da mobilização dos recursos para a ilha do Fogo, encomendaram duas viaturas, mas têm  dificuldades em despachá-las com isenção, porque a legislação não prevê isenção àquela instituição.

Salienta que recebem doações mas têm que pagar para desalfandegar. Ilustrou com um caso recente de uma ambulância, em que a Cruz Vermelha teve que pagar o despacho. “Isso não faz sentido porque esse dinheiro serviria para resolver outras questões”.

A estruturação do setor das catástrofes, reforçar os projetos sociais no domínio da pré-infância e da terceira idade, a inserção sociocomunitária e profissional dos jovens e uma lei interna que defenda os emblemas da Cruz Vermelha são apontados como grandes desafios da instituição que conta com cerca de 3 mil voluntários a nível nacional.

O Presidente da Cruz Vermelha aproveitou a efeméride para felicitar todos os trabalhadores humanitários e voluntários no País, sublinhando que a história de Cabo Verde regista, com nota positiva, a intervenção do voluntariado no domínio da proteção do ambiente, das catástrofes e prestação de cuidados em situações de emergência.