CVA: A pressa de se anunciar a morte

Se existisse um coveiro da CVA (ex-TACV) ele seria aqueles que deixaram a empresa com 15 milhões de contos de passivo e sem aviões e a custar ao País 3 milhões de contos anos. Nós, mesmo com a Covid-19, ainda estamos na luta. Vamos salvar a companhia e os postos de trabalho. Pelo que por mais que existe a pressa (ou a vontade) de se anunciar a morte, têm de acalmar os ânimos.

Quero desta forma aplaudir efusivamente o governo pelo avale para se continuar a pagar os salários na empresa. O nosso compromisso é com as pessoas e com o rendimento. Da mesma forma que criamos o Rendimento Solidário para proteger os rendimentos, temos a obrigação de intervir na CVA por forma a: proteger os funcionários e respetivos rendimentos; mas também proteger o ativo estratégico que é a nossa companhia de bandeira.

Temos o entendimento de que a CVA é uma peça central da nossa estratégia de fazer de Cabo Verde um centro de distribuição de trafego aéreo entre os continentes, testado até 2019 com claro e inequívoco sucesso, comprovados pelas contas da ASA (resultado liquido aumentou 9% em 2019), pela CVHandling que viu o seu volume de negócios aumentar 10% em 2019, pela contas da Enacol e da Shell em máximos históricos também em 2019, ou pelas contas externas de Cabo Verde que registaram máximos históricos, com a nossa reserva externa, em 2019, a poder cobrir 8 meses de importação.

Tendo em conta as imposições da Covid-19, temos de rever o Plano de Negócios, o Plano Operacional, Redimensionar a Estrutura e voltar a lançar as operações em contexto “Covid-19.

Enquanto existe vida, existe esperança.