CVA. TCV acusada de produzir notícia com base num post de um ativista da Diáspora

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Companhia já veio desmentir a suposta informação, garantindo que a deslocação das aeronaves é justificada “única e exclusivamente” com as vantagens obtidas com esta decisão

A Televisão de Cabo Verde, TCV, reportou, na última noite, que 3 aparelhos da Cabo Verde Airlines, CVA, estão retidos na Flórida, nos EUA, mas a Companhia já veio desmentir a suposta informação, garantindo que a deslocação das aeronaves é justificada “única e exclusivamente” com as vantagens obtidas com esta decisão, num tempo em que as operações estão canceladas devido à pandemia da Covid-19.

É que o operador “mantém, à data, um contrato de leasing de 3 aviões com a empresa Loftleidir Icelandic, que optou por fazer a ‘preservação’ destes aviões na estação de Manutenção de Opalocka (MIA) na Florida”, refere a CVA, em nota remetida ao OPAÍS.cv, nas últimas horas.

A decisão, adianta a Administração da CVA, “prende-se única e exclusivamente com as vantagens obtidas com esta solução”.

É que durante este longo período de fecho de fronteiras, a CVA vê-se impossibilitada de “posicionar” equipamentos de manutenção em Cabo Verde, “pelo que, e devido às condições atmosféricas adversas, (…) os referidos aviões em breve perderiam as suas condições de aeronavegabilidade”, justifica, refutando, desta forma a notícia veiculada pela TV pública, com base numa publicação do ativista da Diáspora Cabo-verdiana, nos EUA, Valdir Alves.

A Companhia de Bandeira desmente, categoricamente, a informação da TCV.

Uma fonte autorizada lamentou mesmo a “postura” do órgão público em fazer uma “suposta notícia” a partir de um post de Facebook, “sem se confirmar” a sua veracidade.

“É lamentável e nada condizente com a missão de serviço público isento, imparcial e objetivo que lhe está incumbida como órgão público financiado pelos impostos e taxas do Estado e de todos os Cabo-verdianos”, criticou a nossa fonte.

A CVA garante que as 3 aeronaves estarão reposicionadas na Ilha do Sal, base da Companhia e hub aéreo, assim que as condições de retoma dos voos internacionais forem criadas, o que se estima para o próximo mês de agosto.



6 COMENTÁRIOS

  1. Em vários comentários, aqui neste jornal, a propósito de temas diversos, sinalizei que tanto o Governo quanto o MpD haviam deixado a CVA, TICV e CI órfãos, à merce dos mercenários do Paicv. Essas empresas nacionais, com residência fiscal em Cabo Verde sofreram tanto, a ponto de a Binter, por exemplo, ser obrigada a mudar de nome e de marca comerciais para melhorar a sua relação de maior proximidade com os cabo-verdianos. A Binter, para o Paicv é uma empresa “estrangeira” que veio a Cabo Verde para “enganar os coitados, ganhar dinheiro e ir-se embora”. Esta verborreia é tão real, porquanto criada e divulgada através do gabinete do ódio do Paicv, é disseminada através dos órgãos do partido aos seus deputados e divulgada entre a militância, e, pasme-se até o candidato do Paicv nas eleições presidenciais JMN também trata a Binter por estrangeira. Mas, sejamos também justos: não é só a TCV que é inimiga da CVA. O Expresso das Ilhas, um jornal alegadamente liberal, vê a CVA ‘pelos olhos do Paicv’. O Expresso das Ilhas é o porta-voz do Paicv no seu combate às politicas de transportes deste Governo. O MpD é que tem sido incompetente deixando o Paicv e, neste caso em aliança com a TCV e o Expresso das Ilhas a minar-lhe as suas reformas estruturantes.

  2. Infelizmente a nossa comunicação social já nos habituaram ao estilo sensacionalista, nada isento, sem profissionalismo e medíocre.
    A classe de jornalistas em cabo Verde é a mais mal formada, mais fraca e ainda ninguém notou isto.
    É o sector mais fraco da nossa sociedade!

  3. Estamos perante uma desgovernação total da comunicação social em Cabo Verde.
    Cada um faz como quer e lhe apetece, sem regras, sem deontologia, sem profissionalismo e ninguém diz nada, sob pena da AJOC aparecer e reivindicar liberdade de imprensa.
    Alerta geral: temos de criticar veementemente esta fraca comunicação social, com jornalistas sem formação adequada e exigir que estejam à altura dos outros sectores da sociedade Cabo-verdiana.
    É notório que são neste momento a parte fraca do sistema social, democrático e cultural do país.

  4. Os Jornalista de CV são autênticos mercenários e estão furiosos porque a “mama acabou”.
    Durante 15 anos, o zé maria neves manteve-os caladinhos, sossegados e só abriam a boca no dentista.
    Eles ganhavam dinheiro em todos os lados:
    1- spots publicitários a troco de elevadas somas em dinheiro
    2- recebiam avultadas avenças nas empresas, institutos públicos, ministérios, etc.
    Agora sem benesses, retrataram-se, deixaram de ser isentos, fazem noticias falsas, a qualidade e o profissionalismo, ou melhor a falta deles saltaram à vista de todos.

  5. Se a TACV – CVA tem os aviões com contrato de leasing, eles não lhes pertence. Os donos dos aviões resolveram estacionar los onde tem mais garantias . A direção da TCV deve explicar nos por que não fez o contraditório ?

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