CVA transportou quase 1.500 passageiros no primeiro mês de retoma

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Foram realizados 17 voos na rota Praia/Lisboa/Praia, no mês de janeiro. A partir de hoje será retomada a rota São Vicente e Lisboa e no dia 11 será Sale Lisboa

A CVA transportou no primeiro mês de retoma da operação quase 1.500 passageiros e registou uma taxa de ocupação de 46%, segundo dados da companhia aérea cabo-verdiana, que esteve parada 21 meses devido à pandemia.

Questionada pela Lusa, fonte da companhia, privatizada em março de 2019 e renacionalizada em julho de 2021, avançou que de 1 a 31 de janeiro de 2022, em 17 voos realizados na rota Praia/Lisboa/Praia, “foram transportados 1.458 passageiros”.

A partir de hoje, a CVA retoma a ligação entre a ilha de São Vicente e Lisboa, com uma rota semanal, e a partir de 11 de fevereiro a rota entre o Sal e Lisboa.

“A companhia tem previsão de aumentar o número de aeronaves em função da evolução da pandemia e recuperação dos mercados emissores. Contudo, ainda não temos uma data específica”, refere a mesma fonte da CVA, questionada pela Lusa sobre a possibilidade de inclusão de uma segunda aeronave, face ao aumento de rotas.

O Primeiro-Ministro disse em 26 de janeiro último, no Parlamento, que a parceria em negociação com Angola e a companhia Angolana TAAG deverá envolver aeronaves Boeing 737, para melhorar a performance da CVA.

O chefe do Governo admitiu que a retoma da operação da CVA em dezembro, após 21 meses sem voos devido à pandemia de Covid-19, foi feita com um Boeing 757 que “tem de facto problemas de performance”.

“Vai ser substituído por Boeing 737, nomeadamente na parceria que estamos a trabalhar com Angola, para garantir aviões com mais ‘performance'”, disse Ulisses Correia e Silva. Acrescentou que essa aeronave em uso — já certificada para os aeroportos de Cabo Verde – visa “essencialmente” servir os voos para os países da Europa, dado o alcance limitado, e prevê a aquisição de uma aeronave no segundo semestre deste ano para as ligações para Boston.

De acordo com informação da TAAG, a companhia Angolana opera vários Boeing 737 com capacidade para 120 passageiros, essencialmente nas rotas domésticas, que está a substituir por seis Dash 8-400 turbo hélice.

O Primeiro-Ministro cabo-verdiano também afirmou que os governos de Cabo Verde e Angola estão a procurar uma solução para efetivar uma parceria entre a CVA e a TAAG, companhias aéreas de bandeira dos respetivos países. “Relativamente à parceria com Angola, nos transportes aéreos, é um processo que o Governo de Cabo Verde está a trabalhar com o Governo de Angola desde 2018. Iniciámos esse processo de conversações e esperamos que possamos encontrar as melhores soluções”, afirmou Ulisses Correia e Silva.