Dados da Electra confirmam boa produção de água na Cidade da Praia

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A julgar pelos dados, Município da Praia não tem problemas de produção do precioso líquido. Produção por habitante na Capital do País é superior à Ilha de São Vicente

A Electra divulgou nesta quinta-feira, 28, dados relativos aos indicadores técnicos de produção e distribuição de água, no período de janeiro a agosto últimos, e os mesmos dados, evidenciam que o Município da Praia não tem problemas de produção.

De acordo com os resultados, na Cidade da Praia, a Electra produziu um total de 3.650.957 metros cúbicos de água, o que equivale a uma média diária de 15.212 metros cúbicos, correspondendo a uma produção per capita de 105 litros diários por habitante.

“Em São Vicente, produziu-se um total de 1.736.042 metros cúbicos, com uma média diária de 7.234 metros cúbicos e uma produção per capita de 95 litros diários de água por habitante”, pontua a Electra.

Já na Ilha do Sal, a empresa produziu um total de 1.492.633 metros cúbicos de água, com uma média diária de 6.219 metros cúbicos e uma produção per capita de 185 litros diários por habitante.

No que diz respeito às perdas de água, que incluem perdas técnicas, furto e fraude, os números revelam que na Cidade da Praia (perdas em alta) situaram-se em 64.481 m3, o equivalente a 1,77%, em São Vicente (perdas na distribuição) em 867.590 m3, ou seja, 49,98%, e no Sal (perdas na distribuição) em 574.743 m3, ou seja, 38,51%.

A Electra aproveitou a divulgação desses dados para, mais uma vez, apelar aos seus clientes e à população de um modo geral para um consumo consciente e racional da água, dada a sua importância como recurso precioso. Além disso, a empresa também destacou a necessidade de condenar e denunciar o crime de roubo de água.

Com bons níveis de produção, admite-se que o problema, no caso da Praia, está na distribuição, derivado a perdas (técnicas e roubo), num serviço prestado pela AdS, que noutras ocasiões terá admitido perdas superior 60%.

Sabe-se que na Cidade da Praia, a Electra tem 4 dessalinizadoras a produzir, cada uma com a capacidade de produção máxima diária de 5 mil metros cúbicos, totalizando 20 mil metros cúbicos dia, entretanto, da análise dos dados percebe-se que a produção de 2 praticamente é para cobrir as perdas.

Face a esta constatação, a solução passa por mais investimentos na eficiência, melhoria das redes e condutas, e um forte combate ao roubo do precioso líquido.



2 COMENTÁRIOS

  1. Ok, mas é bom não esquecer que a água produzida na Praia, também abastece, pelo menos mais dois municípios do interior de Santiago, como sejam São Domingos e São Lourenço dos Órgãos. Portanto, a média de água dedicada ao consumo humano na Praia pode não ser aquela que é mostrada nesta reportagem. Dois comentários: a situação está de longe melhor que aquela que os governos do paicv deixaram. Quem não se lembra de ver dezenas, senão centenas pessoas da Praia a levar as suas roupas para lavar no interior de Santiago, a ponto de JMN mandar a AdP embora? O problema é nós não gostamos de comparar. Custava à administração da electra comparar as produções, os investimentos de hoje com a da época dos comunistas do paicv?

  2. Então, qual a o problema, além daquilo que todos sabemos. A Praia tem uma rede de distribuição velha e com muitas perdas e a AdS tem um custo de estrutura muito elevado e baixa produtividade. Assim, como está a AdS é uma empresa inviável pelas razões acima citadas, embora quem paga as perdas na rede são o consumidores. A AdS uma empresa intermunicipal viu o Estado a assumir o estatuto de acionista maioritário. Por que ? Para evitar a falência. Tudo isso, para não falarmos da competência do actual Conselho de Administração, feito à imagem de um certo autarcia e onde a competência não entra. Mas, recuando vemos que a AdS criada em 2014/ 15, o Governo do PAICV não fez nenhum investimento não aproveitando as verbas da ajuda americana do Comoact 2 do MCA. As razões que levaram o José Maria Neves a não apoiar a rede de distribuição de água na Praia, relacionam se com o facto da autarquia ser gerida pelo MPD. Conclusão, sem uma nova rede de distribuição de água a Praia terá sempre fala de água.

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