Theodore McCarrick foi Cardeal e Arcebispo de Washington e era um dos homens mais influentes da Igreja Norte-americana. Viu-se acusado e reduzido à condição de leigo
No dia em que começa a cimeira sobre abusos sexuais na Igreja Católica, recuperamos a história do Cardeal Norte-americano que foi condenado por estes crimes.
É, para já, o primeiro acusado dos crimes de abuso sexual na Igreja. Depois de um processo de investigação que correu célere, o Papa retirou-lhe o título de Cardeal e a condenação reduziu-lhe a simples leigo.
Theodore McCarrick conheceu a sua pena recentemente. Antes, já estava num tipo de prisão domiciliária, por ordens do Papa que lhe aconselhou a uma vida de “penitência e oração”.
O seu caso espoletou nos Estados Unidos e abalou a credibilidade de todo o episcopado Norte-americano.
No verão de 2018, Theodore foi acusado de ter abusado de um menor. A acusação foi considerada credível e o Arcebispo Emérito foi suspenso de todas as atividades públicas.
De um caso de abuso passou para dois e depois começou-se a saber que, afinal, o Arcebispo tinha recrutado e mantido, durante décadas, uma rede de jovens Padres e seminaristas com quem mantinha relações homossexuais.
McCarrick veio a público dizer que não tinha qualquer recordação de ter abusado de alguém, ao mesmo tempo que pedia desculpa pelo mal eventualmente causado a terceiros.
McCarrick pediu para sair do Colégio dos Cardeais, pedido aceite pelo Papa.
A redução ao estado laical é a pena canónica mais grave que a Igreja pode aplicar a um Sacerdote, antes da própria excomunhão.
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