Antigo governante da Nação, diz que não será candidato às eleições autárquicas que se avizinham
Démis Lobo, PAICV, anunciou hoje, que não é candidato à Presidência da Câmara Municipal do Sal, nas eleições autárquicas deste ano.
“Serve o presente poste para tornar público que tomei a decisão de não ser candidato à Presidência da Câmara Municipal do Sal nas eleições autárquicas de 2020”, escreveu, numa publicação na sua conta pessoal na rede social Facebook.
Duas vezes candidato do PAICV à Câmara Municipal do Sal, sempre derrotado nas urnas, primeiro com Jorge Figueiredo, depois por Júlio Lopes, ambos do MpD, Démis Lobo anunciou que a terceira candidatura está fora de questão, pelo que se mostra indisponível para liderar a lista do seu Partido.
“A decisão de apresentar-me ou não como candidato a Presidente da Câmara Municipal do Sal nas Autárquicas de 2020, uma terceira vez consecutiva, não podia ser tomada de ‘ânimo leve’. Pelo contrário, exigia aturada ponderação. Foi o que fiz”, escreveu o antigo Ministro do último Governo de José Maria Neves.
O político disse que a sua decisão não foi fácil, teve de fazer muitas análises, falar com muita gente da Sociedade civil, ouvir opiniões, impressões e argumentos, uns espontâneos outros requeridos, tendo inclusive “analisado todas as condições pessoais, sociais e políticas vigentes”.
Apesar de descartar a candidatura garante continuar a ser um cidadão ativo para ajudar a sua Ilha e o País.
Démis candidatou-se, pela primeira vez, à Autarquia Salense, em 2012, com apenas 26 anos. Em 2016 teve a sua segunda derrota, no ano em que o PAICV encaixou a pior derrota de sempre.
Em 2014, ingressou o último Governo de José Maria Neves, assumindo a pasta da Presidência do Conselho de Ministros, com tutela do setor da Comunicação Social, e porta-voz do Governo. Mais tarde, acumulou o cargo de Ministro da Juventude, Emprego e Desenvolvimento de Recursos Humanos, com tutela sobre os setores do Trabalho, da Família e dos Assuntos Sociais.
Claro que já não tem condições para ser candidato, depois de ter sido o primeiro a concordar com a JHA, por estupidez, de que quem assumisse candidatura autárquica não podia integrar a lista de candidatos a Deputado. O Démis não compreendeu que a Janira o queria fora do palco, para nunca crescer politicamente a ponto de se erigir em potencial sombra para a liderança caquética que ela vem protagonizando . Tal como fez com Alcides Graça e outros jovens políticos com talento. Se essa nova geração não tiver colhoes para ousar e ariscar, a Janira dará literalmente cabo do PAICV. Cada vez mais sou mais admirador da geração de Cabral que teve coragem para cumprir a sua missão histórica, ainda que, alguns, pagando com a própria vida ! Esta nova geração se afigura mais bajuladora e cúmplice, preferindo ficar no camarote a assistir cobardemente a distruicao do Partido herdeiro dos valores e princípios de A. Cabral. Uma tristeza!
Os sinais de desmobilização e descrédito no interior do PAICV, manifestamente fruto de uma gestão manhosa, que marginaliza homens e mulheres de maior capital político, e distorce todas as disputas internas, mesmo as que se verificam na base, constituem preocupação seria que deve ser encarado com muita elevação na medida em que estará também perigando o sistema democrático, sistema esse onde os Partidos teem monopólio e e’ financiado com recursos públicos. Os afastamentos e autoafastamentos de pessoas com capital e credibilidade dos espaços partidários e das disputas políticas em virtude da degradação ética e moral no interior dos Partidos, como tornou indisfarçável no caso PAICV, deve ser visto numa perspectiva mais aberta, isto é, para lá do muro dos Partidos, uma vez que, em última análise, são essas organizações defeituosas e inescrupulosas (Partidos), que mediante processos ditos democráticos, nos governam a todos .
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