Democracia no mundo sofre “grande golpe” em 2020

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Cabo Verde continua a ser a segunda melhor democracia em África, segunda melhor da CPLP e a melhor dos PALOP’s. Constatação está vertida no relatório do Índice de Democracia da The Economist Intelligence Unit, publicado esta quarta-feira, 3

Num ano marcado pela pandemia do coronavírus que assolou o mundo, a democracia sofreu, na opinião da The Economist Intelligence Unit, um “grande golpe” no ano de 2020, sendo que quase 70% dos países abrangidos pelo relatório, registaram um declínio na sua pontuação geral.

A pontuação média global caiu para seu nível mais baixo desde o início do índice, em 2006, constata a instituição que focou sua análise na tabela de classificação global completa, tendências regionais e principais impulsionadores do País. Uma análise de como a pandemia de coronavírus afetou a democracia global e o colapso da coesão social nos Estados Unidos da América, Médio Oriente e no Norte de África.

A ascensão do jihadismo e a ameaça à democracia na África Ocidental são outros tópicos avaliados pelo The Economist Intelligence Unit.

O relatório constata que, em resultado da Covid-19, há um grupo de 19 países que viram suas pontuações piorarem, para níveis que estavam em 2010, antes do início da Primavera Árabe.

Cabo Verde é o segundo País mais bem classificado em África, onde as Ilhas Maurícias são a única “democracia plena”, segundo o Índice. Ainda assim, o Arquipélago recuou 2 posições, passando de 30 para 32.º lugar a nível geral.

Portugal é País da CPLP mais bem posicionado neste ranking, seguido de Cabo Verde e Brasil, ao passo que a Guiné-Bissau subiu uma posição no Índice, ocupando agora o lugar 147, mas manteve a sua classificação de regime “autoritário”, a mesma que Angola – que piorou sua pontuação -, Moçambique – perdeu pontuação – e a Guiné Equatorial – manteve.

O Arquipélago de São Tomé e Príncipe não foi avaliado neste Índice, refere a organização, observando que globalmente, a pontuação média dos 167 países e territórios avaliados caiu de 5.44 para 5.37, a pior pontuação desde a primeira edição do Índice no ano de 2006.

Um total de 116 países e territórios avaliados, perto de 70%, registou um declínio na sua pontuação total em comparação com 2019, apenas 38 países e territórios, equivalente a 22,6%, registaram uma melhoria e os outros 13 estagnaram.

O Índice de Democracia da The Economist Intelligence Unit baseia-se na avaliação em 5 categorias: processo eleitoral e pluralismo, funcionamento do Governo, participação política, cultura política e liberdades civis.

Com base na pontuação total, os países são classificados como um de quatro tipos de regime: democracia plena (pontuações superiores a 8), democracia imperfeita (pontuações superiores a 6), regime híbrido (pontuações superiores a 4) e regime autoritário (pontuações inferiores ou iguais a 4).



1 COMENTÁRIO

  1. INTERESSAVA-ME, SOBREMANEIRA, DA PONTUAÇÃO CABIDA AOS EUA QUE SENDO UMA DEMOCRACIA DE REFERÊNCIA GLOBAL BELISCADA PELO TRUMPISMO, ENQUANTO, O SEU MANDATO. TEREI UMA VISÃO DIFERENTE SE OS TRIBUNAIS AMERICANOS, APÓS APRECIAÇÕES E DECISÕES SOBRE OS PROCESSOS ADSTRITOS À RESPONSABILIDADE DOS TRUMPISTAS.
    MENCIONEI TRUMPISMO NÃO ME REFERINDO A QUALQUER CIÊNCIA FILOSÓFICA, MAS, TENTANDO COMPREENDER E DAR TESE A UMA BODEGA AINDA POR DESCOBRIR E ENQUADRAR DEVIDAMENTE.

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