Desafios que Cabo Verde vai enfrentar no Pós-Covid-19 exigem um “redobrado esforço coletivo”

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Afirmação é do Primeiro-Ministro. Ulisses Correia e Silva falava durante a Mesa Redonda “Um ano da pandemia da Covid-19 em Cabo Verde: lições, desafios e perspetivas”

Cabo Verde assinala hoje um ano do surgimento do primeiro caso de Covid-19, com o início nacional da campanha de vacinação, e com uma Mesa Redonda para falar das lições tiradas, desafios e perspetivas do País.

No ato de abertura da Mesa redonda, o Primeiro-Ministro disse que os desafios que Cabo Verde vai enfrentar no Pós-Covid-19 exigem em “redobrado esforço coletivo”, por parte das forças políticas , das organizações da Sociedade civil, das empresas, dos sindicatos e de toda a Sociedade.

Para Ulisses Correia e Silva, esses desafios exigem um “esforço acrescido e com sentido de responsabilidade”, orientados para o relançamento e recuperação da economia, o reforço da coesão social e de estabilidade política. “Mais do que nunca é Cabo Verde que está em causa, o País de todos nós”, disse o Chefe do Governo, para depois afirmar que “os desafios são grandes e vamos enfrentá-los e vencê-los e vencer a Covid-19”.

O País iniciou hoje a campanha nacional de vacinação contra a Covid-19, e o Governo quer até ao final do ano imunizar mais de 70% da população.

Para o PM, o seu Governo vai continuar a proteger o emprego, empresas e os rendimentos face aos efeitos da pandemia, que ainda perdurarão durante o ano de 2021.

Recuperar a economia, voltar a crescer, ter rendimentos, criar mais oportunidades de emprego, tornar Cabo Verde mais resiliente e com economia mais diversificado é o que perspetiva o Chefe do Executivo.

No ínicio da sua intervenção, o PM recordou as vítimas mortais da Covid e reconheceu o trabalho dos que estão na linha da frente, dos parceiros nacionais e internacionais, da Diáspora e de toda a Sociedade.

O Governo, no seu entender tem feito um bom combate à pandemia, com medidas acertadas, porque a prioridade foi salvar vidas, proteger a saúde. “Estimativas e projeções apontavam que pudessemos ter mais de 100 mil casos aqui em Cabo Verde, não aconteceu, ficamos muito aquem dessa previsão, recordou, afirmando que caso não fossem essas medidas preventivas “isso podia ter acontecido”.

O Executivo protegeu as empresas e o emprego com a lay-off simplificado, muitas empresas não fecharam as portas por causa dessas medidas e mais de 18 mil trabalhadores não foram para o desemprego, lembrou. Entretanto, a pandemia fez com que o País tirasse algumas lições, primeiro que o mundo é muito mais interligada, que quando um País se fecha, todos perdem. Segunda lição, disse o PM, é o multelateralismo. A terceira lição é que nomentos de crise a responsabilidade dos políticos com sentido de estado, devem ser maximizados, “a consciência coletiva devem penalizar aqueles que negam a ciência, e usam demagogias populistas para negar as evidências, os impactos da pandemia e para criar comportamentos anti-vacinação que salvam vidas”.

Na abertura do evento, discursaram também o Ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, e a Coordenadora das Nações Unidas no País, Ana Graça.