Deus, sendo um e único, “não é solidão, mas comunhão”

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Afirmação é do Papa Francisco, durante a sua reflexão sobre a Trindade, dogma fundamental do Cristianismo

O Santo Padre assinalou, este domingo, no Vaticano, a solenidade da Santíssima Trindade, dogma fundamental do Cristianismo, sublinhando a centralidade do “mistério de um único Deus” em três Pessoas, Pai e Filho e Espírito Santo. “Na medida em que é amor, Deus, sendo um e único, não é solidão, mas comunhão. Entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O amor é essencialmente um dom de si mesmo, e na sua realidade original e infinita é o Pai que se dá gerando o Filho, que por sua vez se doa ao Pai e o seu amor mútuo é o Espírito Santo, o vínculo de sua unidade”, referiu, antes da oração do Ângelus, na Praça de São Pedro, em Roma.

A festa de hoje – prosseguiu o Pontífice – “faz-nos contemplar este maravilhoso mistério de amor e luz de onde vimos e para o qual se orienta o nosso caminho terrestre”.

Desde a janela do apartamento pontifício, Francisco destacou que “as pessoas não são adjetivos de Deus, são pessoas reais”, e acrescentou. “Não é fácil entender, mas é possível viver este mistério”.

O Papa afirmou que este mistério da Trindade foi revelado pelo próprio Jesus. “Ele fez-nos conhecer o rosto de Deus como um Pai misericordioso; apresentou-se, verdadeiro homem, como Filho de Deus e Verbo do Pai salvador, que dá a sua vida por nós; Ele falou do Espírito Santo que procede do Pai e do Filho, o Espírito da Verdade, o Paráclito, isto é, Consolador e Advogado”, indicou.

O Papa sublinhou que os cristãos, à imagem da Trindade, não podem “prescindir desta unidade” e da concórdia entre as diferenças. “Ouso dizer que esta unidade é essencial para o cristão. Não é uma atitude, uma forma de dizer”, insistiu.