Diáspora amplifica mercado nacional e demografia e contribui para economia Cabo-verdiana

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Sublinhado é do Chefe do Governo, ao presidir, na quarta-feira, 24, o lançamento do projeto de Mapeamento da Diáspora Cabo-verdiana

 

O Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva fez, no quadro do lançamento do projeto de Mapeamento da Diáspora Cabo-verdiana, realizado ontem, na sala de conferências do Palácio do Governo, uma reflexão histórica da migração a partir das Ilhas para o mundo.

“A Diáspora Cabo-verdiana, com as suas origens diversas e históricas, transformou-se numa força de sucesso e orgulho, abrangendo desde trabalhadores fabris a cientistas, académicos e empresários em várias partes do mundo”, começou por assinalar, observando que Cabo Verde, apesar da sua pequenez, “tem uma visão ampla” do mundo, ampliada pela sua Diáspora.

UCS enfatiza que a presença global dos Cabo-verdianos “enriquece a nossa perceção e conexões internacionais, refletindo-se numa abertura ao mundo que fortalece relações, atividades e conexões”, fator que segundo constatou tem um papel “importante” no desenvolvimento interno.

O PM diz ser “impossível” compreender Cabo Verde sem considerar sua dimensão diaspórica. “A Diáspora não só amplifica o mercado nacional e a demografia, mas também contribui significativamente para a economia, através de remessas, investimentos e transferências familiares”, sublinhou, recordando que além da contribuição económica, a nossa Diáspora “enriquece” o capital humano, conhecimento, ciência, tecnologia e inovação em áreas diversas que vão da medicina, à cultura e desporto.

Uma Diáspora que tem sido “fator de equilíbrio e influência positiva” para a democracia Cabo-verdiana, vigente desde o primeiro momento da década de 1990.

O líder do Executivo reforça o compromisso do Governo com a Diáspora que na atual Legislatura está no centro das políticas e planeamento estratégico, justificando, assim, a criação do Ministério das Comunidades “para focar nas políticas públicas relacionadas”.

Sobre o projeto de mapeamento, a ser desenvolvido pelo INE, com financiamento do Banco Mundial, UCS classifica-o de “importante”, pois vai permitir às autoridades Cabo-verdianas obter entendimento “mais preciso” da Diáspora, em mais de 40 territórios.

O PM anunciou, para breve, a realização de uma conferência internacional sobre Diáspora e Desenvolvimento, em que se prevê partilha de experiências e aprendizados sobre o “papel relevante” da nossa Diáspora no desenvolvimento nacional.