Diretora da PJ de STP investigada pelo desaparecimento de cocaína

No comunicado, a Procuradoria Geral da República esclarece que foi a própria diretora da Polícia Judiciária que se deslocou ao Ministério Público para dar conta do desaparecimento das drogas

A Procuradoria Geral da República São-tomense garantiu ontem em comunicado que está a apurar a participação, “por ação ou omissão” da Diretora da Polícia Judiciária no desaparecimento das 14 bolotas de cocaína das suas instalações.

Uma vez que a única pessoa na posse das chaves que permitiam o acesso à cocaína era a senhora Diretora da Polícia Judiciária, devido às suspeitas que sobre si pendiam, estão a ser efetuadas diligências no sentido de apurar a sua participação, por ação ou omissão nos fatos em investigação”, indica a PGR.

No documento de quatro páginas, a PGR garante que Maribel Rocha foi constituída arguida e que durante as investigações não se confirmou a “existência de quaisquer vestígios de arrombamento ou sequer de tentativa frustrada de entrar na sala de armamento e a inexistência de imagens de circuito interno de videovigilância”.

No comunicado, a Procuradoria Geral da República esclarece que foi a própria diretora da Polícia Judiciária que se deslocou ao Ministério Público para dar conta do desaparecimento das drogas.

Por isso, de acordo com o Código do Processo Penal São-tomense “é obrigatória a constituição de arguido logo que corra instrução contra pessoa determinada e esta preste declarações, designadamente perante o Ministério Público”.

De acordo com o MP, a Diretora da PJ não goza de qualquer foro especial que impeça que a mesma seja constituída arguida.

A PGR sublinha ainda que Maribel Rocha deveria afastar-se das investigações e deixar que o Ministério Público as dirigisse, “podendo delegar ou não a mesma nas autoridades policiais”.